Por Danillo Ferreira
O policial fora de serviço, seja militar ou civil, estadual ou federal, deve sempre se comportar como se policial não fosse – a não ser que possua seguramente meios para resolver um problema encontrado. Não estamos falando de deixar de dispensar sempre alguma atenção aos fatos que acontecem a seu redor. “Se comportar como se policial não fosse” é ser sempre cauteloso frente a situações cotidianas que todo cidadão enfrenta. É ser prudente, praticar o entendimento de que as prerrogativas e direitos do policial possui deveres correspondentes.
Este ponto é digno de discussão porque ainda ocorrem casos lamentáveis em que policiais se envolvem em brigas, confusões e discussões pautados (abusivamente) na autoridade que lhes é delegada pelo Estado. É daí que surge aquela estória dos corredores das instituições policiais, segundo a qual um Juiz teria dito que “queria ter a metade da autoridade que alguns policiais acham que têm”. A falta de humildade dos profissionais de polícia, que cotidianamente lidam com direitos fundamentais, pode gerar desgates imediatos a esses direitos que tem dever de zelar (inclusive os dele próprio).
Aparentemente, um desses surtos de “hiperautoridade” acometeu o policial citado na matéria abaixo, que acabou atingindo uma tenente-coronel da PM, que flagranteou o “xerife”:
Ao invés do confronto entre estudantes e policiais militares, foi a vez da própria polícia se conflitar. Na tarde desta terça-feira (30), um policial civil foi preso acusado de atingir pelo menos duas pessoas com spray de pimenta no rosto. Entre as vítimas está a tenente-coronel Júlia Beatriz Pires de Almeida, que deu voz de prisão. Os manifestantes protestam pelo segundo dia consecutivo contra o aumento da passagem de ônibus, de R$ 1,90 para R$ 2,10 e a coronel intermediava a negociação de um acordo.
De acordo com relatos da própria coronel, o policial dirigia um Kadett vermelho e queria furar o bloqueio dos estudantes na avenida Frei Serafim. O policial teria exibido seu distintivo, apontado uma pistola .40 para os manifestantes e atirado spray de pimenta em quem estava na frente. O produto atingiu diretamente o rosto de Júlia Beatriz e um estudante com farda do Colégio Sagrado Coração de Jesus.
A própria coronel deu voz de prisão ao policial e fez questão de se dirigir até a Central de Flagrantes para registrar o caso. O policial civil foi identificado como Luciano Lopes de Oliveira, da Delegacia do Silêncio.
Leia mais…
Fonte: Abordagem Policial
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
O governador precisa fazer concurso público para PM Alguém precisa convencer o governador Marcelo Déda (PT) sobre a necessidade de realiza...
-
As últimas notícias negativas de maior repercussão em Sergipe deságuam, sem dúvida alguma, na Secretaria de Estado da Segurança Pública (SS...
-
Uma notícia triste para os militares sergipanos. Faleceu na tarde de hoje, vítima de suicídio, o policial militar da Rádio Patrulha, Soldad...
-
A Polícia Militar do Estado de Sergipe encerrou na manhã desta sexta-feira (12) o I Curso de Atendimento às Mulheres em Situação de Vio...
-
Os medicamentos do grupo das anfetaminas mais consumidos no país são os inibidores de apetite anfepramona (ou dietilpropiona) e femproporex...
-
Audiência pública extrajudicial realizada pelo MP de Estância Na manhã desta quinta, dia 11, às 9 horas,o conselheiro da OAB/SE e asses...
-
Houve princípio de tumulto e disparo de balas de borracha; um homem se feriu Um cordão com cerca de 800 militares do Exército, apoiados por ...
-
Luiz Garcia A inteligência financeira de um governo - admitindo-se que tal coisa existe - pode ser medida pela análise de duas cifras: a que...
-
No próximo dia 22, os Bombeiros e Policiais Militares do Rio Grande do Norte vão realizar uma paralisação de 24 horas. O objetivo do movime...
-
Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, uma parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Est...
Nenhum comentário:
Postar um comentário