quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Samuel considera impossível governo colocar mil PMs por noite no Pré-Caju

O comandante da policia militar, coronel Aelson Resende, apresentou nesta terça-feira (17), o esquema de segurança que será empregado no Pré-Caju. O comandante garantiu o emprego de mil PMs por noite. Para isso, ele conta com quatro planos.

O primeiro plano foi recrutar todos os policiais que cedidos para órgãos no estado. Alem disso foram escalados todos os tenentes e capitães da corporação. Há uma informação que cada Pm que foi convocado e que estava à disposição de outro orgao, iria receber R$ 250 por noite. Para isso ele teria que assinar um termo de compromisso.

Como as Associações Unidas da Policia Militar, decidiram no ultimo sábado que os PMs de folga não iriam trabalhar mais em eventos, e com o anuncio feito pelo comando ontem sobre o trabalho a ser desenvolvido pela PM, as Associações estiveram reunidas na manhã desta quarta-feira (18), juntamente com o deputado federal André Moura e o deputado estadual capitão Samuel Barreto, onde concederam entrevista à imprensa, para falar sobre a segurança no Pré-Caju e a decisão tomada pela Secretaria de Segurança.

Os militares já anunciaram que não irão trabalhar nos horários de folga. Os representantes das associações, garantem que a policia militar não tem efetivo suficiente para manter mil homens por noite durante o festejo. Eles afirmam que o numero de policiais disponíveis fica em torno de 800. “A policia tem hoje em torno oitocentos (800) policiais disponíveis que são usados diariamente para fazer o policiamento ostensivo em todo estado. Esses duzentos que faltam para completar seriam os PMs de folga. Ai fica duas perguntas no ar. Se for usar os 800 Pms disponíveis, como fica os bairros da capital e o interior do estado. A outra questão é que os militares avisaram que não vão trabalhar em suas folgas. Então de onde vão sair esses homens?’, questionou um diretor de associação.

Para o deputado federal André Moura (PSC), a atitude tomada pelos policias militares é “um alerta do governador, para que ele volte a abrir um canal de negociação com a categoria”, disse André que defende que o governo defina de vez a carga horária dos policiais militares. “Não se trata de um boicote ao Pré-Caju, mas um alerta ao governador para que ele entenda a necessidade de se definir de vez essa situaçao’, explicou o parlamentar.

Para o deputado estadual capitão Samuel Barreto (PSL), presidente da Comissão de Segurança Publica na Assembléia Legislativa, e escolhido para coordenar o movimento Tolerância Zero II, o anuncio feito pelo comando da PM, afirmando que irá empregar cerca de mil PMs por noite durante o evento não em como acontecer. “O comando não vai conseguir colocar mil homens na segurança do Pré-Caju, sem comprometer o policiamento ostensivo rotineiro”, disse Samuel.

Samuel defende ainda que a ASBT faça a contratação (e pague os custos) de uma empresa de segurança privada para auxiliar no evento. “Além de gerar mais de 300 empregos diretos com a contratação da segurança privada, ai sim se consegue manter um efetivo com mais de 1 mil homens por noite durante o Pré-Caju”, defendeu Samuel.

Para o presidente da Assomise, major Adriano Reis, “as associações não são contra os policiais trabalharem no Pré-Caju. Queremos deixar claro que os policiais vão trabalhar no Pré-Caju, mas resguardando o direito à folga. Não queremos mais aceitar esta forma opressiva do Governo”, disse Adriano.

Veja as reivindicações feitas pelos PMs, quando da elaboração do projeto que já se encontra nas mãos do governador:
Carga horária de 36 horas

Aprovação da Lei de Fixação de Efetivo e Lei de Organização Básica (LOB)

Etapa Alimentação

Gratificação de Habilitação de Curso de até 40% do soldo (gratificação que foi retirada da categoria no ano de 2005)

Exigência de nível superior para ingresso na carreira militar

Gratificação de 1/3 aos 25 anos de serviço

Adicional noturno

Aposentadoria do policial militar ou bombeiro militar feminino facultativa aos 25 anos de efetivo serviço

Aposentadoria do policial militar ou bombeiro militar compulsória aos 30 anos de efetivo serviço

Alteração na legislação para que os militares possam ser promovidos ou aposentados mesmo respondendo a processos

Alteração na legislação para que os militares possam exercer cumulativo com a função o cargo de professor

Pagamento da indenização da licença especial com base no salário bruto do militar
Fonte: Faxaju

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