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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

As resistências ao policial estudante

Talvez o caráter militar das PM’s influencie no modo como os cursos universitários são vistos por alguns integrantes das corporações. Apesar de haver casos em que a própria legislação explicite a intenção de favorecer o estudo, nem sempre a prática corresponde ao ideal pretendido pelo legislador, podendo inclusive seguir pela via contrária.

Citando o Estatuto dos Policiais Militares da Bahia, tem-se o previso no § 3º do artigo 141:

“Preservado o interesse do serviço e carga horária a que está obrigado o policial militar, poderá ser concedido horário especial ao policial militar estudante, quando comprovada a incompatibilidade do horário escolar com o da Unidade, sem prejuízo do exercício do cargo e respeitada a duração semanal do trabalho, condicionada à compensação de horários”.


Nota-se que o estudo do PM não se choca com o ideal da corporação, sendo estimulado o processo de conciliação de modo a atender os anseios pessoais sem prejuízo do tanto que a Polícia precisa do seu integrante. Por que, então, dificultar um processo que deveria ser sereno e pacífico?

Se por um lado há quem aponte como motivo de orgulho a grande procura por parte de estudantes ou graduados em nível superior nos concursos para ingresso na carreira policial militar, inclusive em alguns estados o diploma já é exigido como requisito essencial para admissão, por outro há uma corrente que resiste a todo custo a aceitar essa tendência crescente.

É no mínimo curioso imaginar o comandante de uma guarnição festejando efusivamente a proximidade da saída de serviço para correr até um bar, quem sabe se consiga uma antecipação da liberação para curtir a farra mais cedo com a equipe. Talvez chegue-se ao extremo de um comandante dispensar durante parte do expediente um policial como forma de consentir a prática de relações extra-conjugais sem levantar suspeitas em casa. Por que fazer cara feia se o “happy hour” ou o “zignow” forem substituídos por faculdade?

Pode ser espantoso, mas há risco de acontecer. Policiais acostumados há longa data a reunirem-se para beber podem discriminar o novato que incorpore na guarnição e procure ocupar sua folga com estudos em vez do álcool. Curiosamente, a universidade pode despertar em escalões superiores ímpetos de suposta proteção da instituição, como se a frequência em uma sala de aula fosse ameaça aos interesses da organização, uma espécie de subversão, quase traição, e em respeito à fiel dedicação exclusiva, não seria tolerável facilitar a vida de quem, após despir-se do uniforme, “trai” a PM com a enciumada faculdade, cursinho… Pode isso?

Será que parte dos que possam desestimular ou dificultar esse processo não são justamente aqueles que não frequentaram os bancos universitários, seja por livre opção ou falta de capacidade intelectual? Enquanto o policial cumprir plenamente sua carga horária, exercendo bem as funções, sem misturar horário de trabalho com estudo, nada deve ser feito no sentido de dificultar sua vida, pelo contrário, vê-se que a previsão legal é voltada para o favorecimento desse processo, o que deve ser observado, respeitado e cumprido.

Talvez aquele curso alheio aos interesses da corporação em que determinado policial esteja matriculado lhe faça tão bem que passe a executar as funções no serviço com maior satisfação, sem o rancor de estar sendo “perseguido” por conta de conciliar o desempenho da atividade laboral com outras metas futuras. Talvez até o conhecimento que está sendo adquirido ao custo de horas de dedicação e investimento financeiro acabe se voltando em favor da própria PM, no desempenho futuro de funções específicas que exijam justamente aquela capacidade técnica que a corporação não forneceu e o membro foi buscá-la, por sua conta, em outro ambiente.

Mas isso pode ser altruísta demais para alguns guardiões, para os quais talvez seja melhor usufruir do potencial em proveito próprio imediatamente do que facilitar a preparação voltada para um melhor aproveitamento futuro.

Por Victor Fonseca

Fonte: Abordagem Policial

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sobre o aumento da passagem e o Movimento Não Pago

Os governantes já nos deram provas suficientes de que não são receptivos ao bom senso. Acumular poucas pessoas, ir às ruas, dar gritos espaços, são o tipo de atitude que surtiria efeitos em tempos recém-democráticos, onde, para que o povo pudesse ludibriar-se achando que era também parte ativa no processo político, os nossos gestores o atendia e trabalhavam de acordo com a sua vontade. Hoje, meus caros, os tempos são outros. Não querendo ser pessimista em relação às medidas adotadas pelo movimento, acho válido admitir que os rumos deste não podem ser traçados por um séquito, quando temos uma população, na qual são presentes estudantes tanto quanto nós, dependente daquilo por que brigamos recolhida ao silêncio e à passividade. Se a unidade revoltosa não é concisa, mas dispersa e em número pouco convincente, não é da alçada dos mínimos que se juntaram a ela o poder de manipulação daqueles que, desde o início, foram alheios e que não estiveram nem aí. A vontade, nesse caso, decorre da consciência, e se o trabalhador, em vista de saber-se vítima mais uma vez não faz nada, quem somos nós para tomar em punho, isoladamente, uma briga que deveria ser de todos? Partamos para as atitudes mais pontuais, para a anarquia, sejamos tolhidos - mártires para nós mesmos -, e o que a população, desde o começo insensível à nossa causa, fará por nós? Irá às ruas para que não sejamos vilipendiados, como sempre acontece, pela justiça? Ninguém fará isso por nós. A meu ver, desculpem-me, é tudo muito claro. O erro da passagem ter aumentado, em caso de malogro das nossas atitudes mais sérias perante isso, só viria a ser recrudescido na possibilidade de sermos tolhidos pelo poder estabelecido em razão dessas ações mais rigorosas.

O DCE da UFS, a exemplo de boa parte dos DCE's espalhados pelo Brasil, quanto aos problemas mais urgentes que envolvem os interesses estudantis, utiliza-se, como desculpa à irresponsabilidade de sempre estarem desprevenidos e de serem sempre pegos de surpresa (como se isso fosse verdade), a retórica, técnicas discursivas para redobrar o aluno indignado com o preço da passagem e que ontem, em tempos de eleição, lhe apoiou. Um dos seus líderes tem bradado que, por todos estarem no congresso nacional da UNE, nada poderiam fazer pelo aumento, posto que, além de não terem ficado sabendo anteriormente dele, a distância também os impossibilitava a ação. Quase convincentes são as desculpas dadas, mas, para quem se põe como parte ativa no que envolve tanto os problemas da universidade como os da comunidade em que ela está inserida, é insuficiente para que conjuremos, finalmente, a justiça e nos abstenhamos de criticá-los.

Outro membro da chapa que compõe o DCE disse-me do Movimento Não Pago, do qual tenho participado seja nas discussões ou nas ruas, ser um grupo formado por poseres preocupados em fazer frente, quando das eleições tanto para reitor quanto para DCE, ao grupo que lhes faz oposição (a UJS, no caso), utilizando-se dessas manifestações para declararem hegemonia perante eles. Ora, tanto melhor que a disputa do DCE da UFS sirva de arena onde se balanceiam as atitudes tomadas, por cada entidade que o pretende, aquém dos muros da universidade. Se temos uma entidade que se vale das suas lutas contra os disparates sociais para declarar soberania perante outra que só aparece em época de eleição, de sala em sala, para conquistar os votos da comunidade estudantil, ruim para quem elege essa última. Antes fosse decidida toda sorte de eleições assim, pois o que estaria se levando em consideração, na hora de se eleger determinado candidato, seria o que ele fez, o quanto de forças despendeu para que o bem-estar do povo ficasse em primeiro lugar, e não quem ele é e a família de que é filho.

Desse modo, acho fundamental que a discussão sobre a passagem sirva de pauta ao longo do ano. Se nos prostramos desatentos, mesmo sabendo que o seu reajuste tem caráter anual, levaremos, quantas vezes forem possíveis, a punhalada que já estamos levando pelas costas: pagar 2,25 para andar nessas latas de sardinha.

Escritor: João Paulo dos Santos
João Paulo é estudante de Letras da Universidade Federal de Sergipe, escritor e poeta 

http://escritosdocolera.blogspot.com/

domingo, 4 de outubro de 2009

Estudante é preso portando carteira policial falsificada

Na noite da última sexta-feira (02) mais um falso policial foi preso em Aracaju, o estudante Carlos Alberto da Cunha Andrade, 22 anos, portava documento de identificação policial falsificado. O flagrante foi durante uma festa na Barra dos Coqueiros, onde o rapaz foi detido logo depois que apresentou a carteira para liberar um amigo, preso após se envolver em uma confusão.

Segundo o delegado da delegacia Plantonista, Welington Fernandes, o documento foi comprado há cerca de dois meses, no bairro São Conrado, pelo valor de 50 reais. "O farsante utilizou dados pessoais na carteira e a foto foi tirado por uma outra pessoa, na fotografia ele trajava roupas que aparentavam ser da polícia militar", explicou.

Ainda de acordo com informações do delegado, a investigação está sendo feita pela polícia civil da delegacia da Barra dos Coqueiros. "O flagrante foi apenas o começo para as investigações, a partir de agora vamos nos aprofundar para chegar aos falsificadores", concluiu.

Há menos de uma semana um outro caso de falso policial foi descoberto. Na ocasião, foi preso Vagner Santana pereira, 28 anos, que no momento da prisão usava fardamento de educação física exclusivo da polícia militar.

O delegado Welington Fernandes afirmou que já está sendo revisto o procedimento para compra de fardas e também documentos com componentes que dificultem a ação de falsificadores.

Clique no link abaixo e assista a matéria exibida no Jornal do Estado 2ª Edição, da TV Atalaia.
http://www.atalaiaagora.com.br/galeria_video.php?v=2340

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