Quem diz isso é o deputado estadual Samuel Barreto, o Capitão Samuel, em entrevista exclusiva ao Sergipe 247; ele afirma que o Governo pode realizar concurso para 1,8 mil homens, entre militares, civis e bombeiros, para minimizar déficit; deputado diz que Governo precisa melhorar diálogo com PMs e que policiais civis e militares devem ser equiparados; ele fala também sobre relação com os sargentos Vieira e Edgar
Um déficit de policiais civis e militares e bombeiros superior a 4 mil homens, falta de um diálogo mais intenso da parte do Governo do Estado, equiparação entre polícias Civil e Militar e a inexistência de um Plano Estratégico de Segurança Pública para Sergipe. Estas são, segundo o deputado estadual Samuel Barreto (PSL), o Capitão Samuel, as principais demandas do setor, que repercutem na grande insatisfação dos policiais militares com a administração estadual e o grande índice de violência no Estado.
Em entrevista exclusiva ao Sergipe 247, respondida por email, o parlamentar disse, no entanto, que o governador Marcelo Déda tem mostrado disposição em dialogar com a Polícia Militar, principalmente nos encaminhamentos da Lei da Organização Básica e na Lei de Fixação de Efetivo. Ele também reconhece que o secretário da Segurança Pública, João Eloy, e o comandante da PM, Maurício Iunes, têm “tirado leite de pedra” na repressão à violência.
Mas, reclama do tratamento diferenciado entre policiais civis e militares. Segundo ele, durante o Pré-Caju, um PM recebeu R$ 80 por noite, enquanto um policial civil recebeu R$ 200. Ele defende a mudança imediata deste quadro e diz que é possível o Governo realizar concurso para 1 mil policiais militares, 500 civis (“para que a PC passe a existir de fato no Interior do Estado”) e 300 bombeiros. O Capitão Samuel minimiza ainda qualquer crise de relação com os sargentos Vieira e Edgar.
Um déficit de policiais civis e militares e bombeiros superior a 4 mil homens, falta de um diálogo mais intenso da parte do Governo do Estado, equiparação entre polícias Civil e Militar e a inexistência de um Plano Estratégico de Segurança Pública para Sergipe. Estas são, segundo o deputado estadual Samuel Barreto (PSL), o Capitão Samuel, as principais demandas do setor, que repercutem na grande insatisfação dos policiais militares com a administração estadual e o grande índice de violência no Estado.
Em entrevista exclusiva ao Sergipe 247, respondida por email, o parlamentar disse, no entanto, que o governador Marcelo Déda tem mostrado disposição em dialogar com a Polícia Militar, principalmente nos encaminhamentos da Lei da Organização Básica e na Lei de Fixação de Efetivo. Ele também reconhece que o secretário da Segurança Pública, João Eloy, e o comandante da PM, Maurício Iunes, têm “tirado leite de pedra” na repressão à violência.
Mas, reclama do tratamento diferenciado entre policiais civis e militares. Segundo ele, durante o Pré-Caju, um PM recebeu R$ 80 por noite, enquanto um policial civil recebeu R$ 200. Ele defende a mudança imediata deste quadro e diz que é possível o Governo realizar concurso para 1 mil policiais militares, 500 civis (“para que a PC passe a existir de fato no Interior do Estado”) e 300 bombeiros. O Capitão Samuel minimiza ainda qualquer crise de relação com os sargentos Vieira e Edgar.
Confira a íntegra da entrevista:
Sergipe 247 – Recentemente, o senhor falou pelo Twitter que está trabalhando pela Lei de Fixação. O que seria está lei e como está a discussão em torno dela? O Governo está dialogando?
Samuel Barreto – A Lei da Organização Básica (LOB) da Polícia Militar de Sergipe está na Assembleia para ser votada e a Lei de Fixação de Efetivo (LFE) é o complemento. Por exemplo, a LOB cria o Batalhão, enquanto a LFE diz quantos cabos, tenentes, capitães existirão neste batalhão. O Governo errou quando enviou uma lei sem a outra, por isso seguramos a LOB no meu gabinete na Assembleia e pedimos ao Executivo que enviasse a LFE. A discussão está avançando junto ao Governo. O diálogo está acontecendo entre este deputado, o chefe da Casa Civil, Silvio Santos, e o Comando da Polícia Militar e dos bombeiros militares. Estamos verificando uma postura de Déda em querer resolver esta situação.
Sergipe 247 - Fala-se muito hoje sobre o efetivo da PM que seria insuficiente. Isto realmente procede? Qual é o déficit atual em Sergipe? A realização de um concurso público para resolver esta demanda teria que oferecer quantas vagas? O orçamento da SSP daria conta desta demanda? O senhor acredita que o Governo fará concurso público para PMs?
SB – O déficit atual é de três mil policiais na PM, 600 nos bombeiros e, na Polícia Civil, a situação é bem pior. O Governo teria que dobrar o efetivo para que a instituição possa existir verdadeiramente no Interior do Estado. Acredito que um concurso para 500 policiais civis, 1 mil PMs e 300 bombeiros, já serviria para oferecer uma segurança pública razoável para a população, até a situação financeira do Estado melhorasse e pudesse complementar o efetivo. A questão não é se o orçamento permite, a questão é a necessidade da sociedade em ter segurança. Hoje a situação esta insuportável. Cortando Cargos em Comissão (CC), cortando jetons de conselhos e cortando alguns gorduras, poderemos chegar ao valor necessário para a realização do Concurso.
Sergipe 247 - Como está hoje a relação da PM com o Governo Déda?
SB – Ruim, mas essa relação poderá melhorar muito. A questão não é o benefício alcançado, mas como esse benefício é alcançado. Sou o legítimo representante e estou à disposição do governador para avançar nas reivindicações. Observando as condições financeiras do Estado, a família militar entende muitas situações, mas precisamos ser entendidos e ouvidos na tomada de determinadas decisões na Secretaria de Segurança Pública. O grande problema do Governo foi valorizar os policiais civis e deixar a família militar de lado. Daí, tivemos que correr atrás e, mesmo assim, meu soldado ganha menos que um agente, mesmo ambos trabalhando juntos em delegacias. Esse foi o grande problema da relação ruim entre o governador e a família militar. Acredito que nosso trabalho é merecedor tal qual o trabalho da coirmã Polícia Civil. A política de integração na SSP nunca vai dar certo com profissionais fazendo o mesmo trabalho e ganhando diferente. Por exemplo, no Pré-caju, um policial civil que trabalhou junto com PM nos portões, no final da noite, teve direito a mais de R$ 200,quanto ao PM foi pago R$ 80 reais. Como fazer esse homem entender e aceitar uma situação como essa? A sociedade não entende esse desvalorização dos PMs em relação à PC.
Sergipe 247 - Que avaliação o senhor faz do trabalho do secretário João Eloy e do coronel Maurício Iunes? Eles estão desenvolvendo um bom trabalho?
SB – Acredito que eles estão tirando "leite de pedra". Vejo o trabalho muito forte na repressão, com muita gente sendo presa pela PM e PC. O que está faltando é efetivo e um plano estratégico a curto, médio e longo prazo para a SSP. Hoje, ninguém sabe como vai ficar a segurança este ano, quanto vamos reduzir a criminalidade, quanto vamos melhorar a prevenção criminal. A repressão não resolve. Em Pernambuco, foi feito um programa estratégico para proteger a vida. Em Sergipe, alguém sabe informar qual o foco estratégico da SSP? É a vida? São as drogas? É roubo a banco? Acho que está faltando isto, e a população já não está mais aguentando. Estive sempre disponível para dialogar e contribuir com a segurança do meu Estado, mas infelizmente esse diálogo técnico ainda não ocorreu. Espero que um dia, eu possa dar nossa contribuição.
Sergipe 247 - Armar a Guarda Municipal e colocá-la efetivamente como força policial é o melhor caminho em Aracaju? O que precisa ser feito para que não haja surpresas desagradáveis e os profissionais e a sociedade não sejam expostos ao perigo?
SB – Primeiro, quero deixar claro que todos podem e devem contribuir com a segurança publica. Respeitadas as prerrogativas legais, vigilantes privados e guardas municipais podem contribuir muito com as polícias civil e militar. Esta contribuição tem que ser acordada. Como ocorreu em São Paulo, vigilantes poderiam se transformar na maior fonte de informação que a polícia poderia dispor. Eles estão em quase todos os lugares. Guardas municipais poderiam contribuir em mercados municipais, praças, com casos de poluição sonora, trânsito, monitoramento eletrônico, operações conjuntas em grandes eventos. A segurança privada também poderia ajudar muito. Resumindo, tem bandidos para todos e muito cidadão de bem precisando de segurança e poucos policiais.
Sergipe 247 - Como está hoje a relação entre o senhor e as associações de policiais? Ficou um clima ruim entre o senhor e os sargentos Vieira e Edgar após as eleições?
SB – Minha relação com as associações está ótima. Não existe nenhum problema, inclusive, estou ajudando para implantar melhorias nas instalações físicas das associações. Na Assomise, vamos inaugurar o melhor clube social do Estado; na Aspra, vamos construir um bom salão de festas; estamos ajudando a Asimusep (profissionais femininas da SSP) para fazer um grande seminário sobre o trabalho desenvolvido pelas mulheres na segurança publica. Em dezembro e janeiro, fizemos duas assembleias gerais com a família militar e decidimos vários encaminhamentos para a categoria. Mas, ressalto que é um direito que cabe a uma associação não querer participar. Minha obrigação é convidar para o diálogo com a categoria. Participa aquela associação que desejar participar. Nunca mudei e jamais vou deixar questões de cunho político-eleitoral atrapalhar as questões coletivas. Eles vão continuar fazendo aquilo que acreditam e da forma que acham correto e eu com todas os outras associações também. Para mim, o que importa é ver a família militar avançando e a segurança pública do meu Estado cada dia melhor e mais eficiente.
Sergipe 247 - Como está a sua movimentação política com vistas ao pleito de 2014?
SB – Sou pré-candidato à reeleição a deputado estadual. Foi muito difícil a família militar conquistar aquela cadeira. Fui o primeiro deputado eleito pela categoria e trabalho todos os dias para conquistar avanços. Sou muito cobrado por tudo, mas a maioria das coisas que me cobram não é da responsabilidade de um parlamentar estadual. Meu papel é defender, cobrar, indicar caminhos, visitar as bases, fazer audiências públicas, modificar os Projetos de Lei enviados pelo governador, de competência exclusiva dele. Isso eu faço todos os dias. Além disso, todos os trabalhadores que coletivamente solicitam minha voz, eu disponibilizo. Assim aconteceu com vigilantes em sua PEC de 30% de periculosidade; com os rodoviários em acordos coletivos, com servidores do Samu, do Detran, com os servidores federais, com o sindicato dos aposentados do INSS, com o sindicato da Administração Geral, com reenquadrados da PC e agentes prisionais, com guardas municipais do Estado inteiro, com o Sindicato de Servidores de Nossa Senhora do Socorro, em diversas participações em lutas diversas,contra a seca, na luta pela universidade pública para Socorro e Sertão, pavimentação em diversas cidades. Resumindo: trabalha na defesa da família militar e desenvolvo um mandato aberto a todos que nece
Fonte: Portal Brasil 147
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