Em julho de 2008 comentei aqui no Abordagem sobre algumas iniciativas inovadoras, no Brasil e no Mundo, para compilação e divulgação de estatísticas criminais. O destaque nacional certamente é a Wiki Crimes (www.wikicrimes.org), um projeto do Professor Vasco Furtado, da Universidade de Fortaleza, que compila ocorrências criminais de maneira georeferenciada (Google Maps), através do modelo conhecido como “Wiki”, em que os usuários são responsáveis pela construção do conteúdo disponível. Ou seja, caso você seja vítima ou tome conhecimento de alguma ocorrência criminal, basta acessar o site Wiki Crimes e registrar o fato no mapa. Assim, através de manchas criminais, é possível que se observe onde há incidência maior de determinado delito.
A proposta trazida pela Wiki Crimes vai de encontro com a tradição do poder público brasileiro de sonegar informações no campo da segurança pública, característica que não é privilégio da área. Com o próprio cidadão alimentando o banco de dados, as informações criminais são disponibilizadas sem a necessidade da boa vontade oficial, sempre escassa no poder público brasileiro.
Aqui, outra questão se impõe: como garantir a credibilidade das informações prestadas pelos usuários? Em uma esclarecedora palestra sobre a ferramenta, durante o TEDx Sudeste, Vasco Furtado fala sobre esse dilema, além de outros desafios e problemas pelos quais a manutenção do Wiki Crimes vem passando:
Segundo Furtado, todas as secretarias de segurança pública estaduais se recusaram a participar do projeto, enquanto nos Estados Unidos as polícias pagam a empresas para desempenhar o mesmo serviço para os cidadãos. Numa situação ideal, através do Wiki Crimes, é possível que, por exemplo, um turista saiba a incidência de crimes, com a tipificação, em determinado local que deseja visitar.
Trata-se duma iniciativa que confere transparência sobre a segurança pública. Seria bem interessante que o número de adeptos crescesse o suficiente para contradizer estatísticas oficiais manipuladas, ou mesmo impor que os dados sejam tornados públicos de modo mais claro e acessível. Aos desenvolvedores do projeto, parabéns pela iniciativa, e a você, leitor, faça seu cadastro, e comece a registrar os crimes que você toma conhecimento em sua cidade. Também não deixe de assistir o vídeo acima, imprescindível para entender a dinâmica do Wiki Crimes, uma iniciativa parceira do Abordagem Policial.
Fonte: Abordagem Policial
A proposta trazida pela Wiki Crimes vai de encontro com a tradição do poder público brasileiro de sonegar informações no campo da segurança pública, característica que não é privilégio da área. Com o próprio cidadão alimentando o banco de dados, as informações criminais são disponibilizadas sem a necessidade da boa vontade oficial, sempre escassa no poder público brasileiro.
Aqui, outra questão se impõe: como garantir a credibilidade das informações prestadas pelos usuários? Em uma esclarecedora palestra sobre a ferramenta, durante o TEDx Sudeste, Vasco Furtado fala sobre esse dilema, além de outros desafios e problemas pelos quais a manutenção do Wiki Crimes vem passando:
Segundo Furtado, todas as secretarias de segurança pública estaduais se recusaram a participar do projeto, enquanto nos Estados Unidos as polícias pagam a empresas para desempenhar o mesmo serviço para os cidadãos. Numa situação ideal, através do Wiki Crimes, é possível que, por exemplo, um turista saiba a incidência de crimes, com a tipificação, em determinado local que deseja visitar.
Trata-se duma iniciativa que confere transparência sobre a segurança pública. Seria bem interessante que o número de adeptos crescesse o suficiente para contradizer estatísticas oficiais manipuladas, ou mesmo impor que os dados sejam tornados públicos de modo mais claro e acessível. Aos desenvolvedores do projeto, parabéns pela iniciativa, e a você, leitor, faça seu cadastro, e comece a registrar os crimes que você toma conhecimento em sua cidade. Também não deixe de assistir o vídeo acima, imprescindível para entender a dinâmica do Wiki Crimes, uma iniciativa parceira do Abordagem Policial.
Fonte: Abordagem Policial
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