quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Comando da PM se reúne mais uma vez com associações

O Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Pedroso, recebeu mais uma vez em seu gabinete representantes de associações representativas dos militares. A reunião contou também com a participação do Subcomandante da PM, coronel Santiago, e do coronel Braz.

O Comandante da PM falou, entre outros assuntos, sobre as constantes denúncias e críticas relacionadas à instituição. Em especial, o coronel Pedroso fez referência à denúncia exibida pela TV Sergipe acerca das instalações da 1ª Cia. do 1º BPM, em São Cristóvão. O coronel afirmou que não tinha conhecimento da situação em que se encontrava o prédio e criticou o fato de os comandantes de Cia. que se sucederam terem deixado a situação chegar a tal ponto. Segundo o Comandante da PM, se ele tivesse tomado conhecimento da situação anteriormente, já teria adotado as providências necessárias.

Para o coronel Pedroso o papel das associações é extremamente importante, principalmente quando atuam como parceiras da instituição. No entanto, o coronel criticou o que chamou de "fogo amigo", referindo-se às denúncias que são levadas à mídia sem que as informações sejam levadas antes ao Comando. Em razão disso, o coronel solicitou mais uma vez às associações que levem os problemas identificados primeiramente ao Comando, a fim de que se busquem as soluções devidas para os mesmos.

Segundo Pedroso, os problemas já apresentados ao Comando foram enaminhados ao Secretário da Segurança Pública e provocaram ações concretas, como as reformas que estão sendo feitas em várias delegacias do interior. Além disso, o Comandante falou que várias instalações da PM se encontram em obras, a exemplo do CFAP, e outras obras serão iniciadas, como a da Companhia de N. Sra. da Glória. Ele disse ainda que gostaria de ter condições de realizar todas as obras necessárias na corporação, mas existem limites orçamentários que impedem a execução de mais obras.

Reivindicações

Os representantes das associações ouviram atentamente as considerações do Comandante Geral, e aproveitaram para também fazer as suas reivindicações, entre elas a definição da carga horária e a saída dos PMs das delegacias.

Em relação à carga horária, o Comandante afirmou que será publicada uma norma definindo as jornadas de trabalho a serem utilizadas na PM, o que ainda não representa a definição da carga horária, como reivindicam as associações. "Precisamos definir nossa carga horária para que o Estado tenha um limite a respeitar. Além disso, essa definição é imprescindível para que o nosso direito de receber pelas horas extras seja respeitado", lembrou o sargento Araújo, presidente da Asprase.

Quanto à presença de PMs nas delegacias, o coronel Pedroso disse que não vê problema no fato de policiais militares e civis trabalharem nas mesmas instalações. Para ele o problema está na execução do serviço, ou seja, cada um deve cumprir o seu papel.

Pedroso acredita que a presença da PM nas delegacias deve continuar em razão da deficiência de efetivo das duas instituições, porém, as associações foram unânimes em solicitar ao Comandante que lute para que a Polícia Civil mantenha agentes em todas as delegacias, a fim de permitir que os policiais militares realizem o seu verdadeiro papel, que é policiar as ruas e garantir segurança à comunidade.

Postura

O sargento Araújo, da Asprase, fez um pedido contundente ao coronel Pedroso. Para ele, os oficiais da PM precisam ter mais postura em certas ocasiões, a exemplo do que fazem os delegados da Polícia Civil. "Quando uma instalação não oferece condições de trabalho, o delegado oficia a SSP e informa que não trabalha mais naquele local até que ele se encontre em condições. Com a PM é o oposto, tudo que vem pra nós é refugo e nós aceitamos. Sempre mandam para nós o que não serve mais para os outros", disse indignado o sargento. A opinião de Araújo é idêntica a das demais lideranças, que também se mostram inconformadas com o descaso do Estado em relação à PM.

O coronel Pedroso respondeu que nem sempre é tão fácil agir dessa forma, mas informou que em algumas situações o atual Comando já tem começado a adotar esse procedimento, citando como exemplo o fato de a PM ter rejeitado a doação de mais uma remessa de revólveres da Polícia Militar do Paraná, como foi feito no Comando anterior. Ao contrário disso, o coronel Pedroso afirmou que está lutando junto à SSP para que sejam adquiridas mais pistolas para a PMSE. O objetivo, segundo ele, é que cada policial militar possa no futuro ter a sua pistola cautelada pela corporação.

Acordo

Comando e associações firmaram um acordo com o objetivo de que os problemas identificados na Polícia Militar possam ser discutidos regularmente. O acordo se baseia na realização de uma reunião mensal com as associações, onde estas levariam ao Comando suas reivindicações e apresentariam relatórios com os problemas encontrados nas diversas Unidades, Subunidades, Postos ou quaisquer instalações onde haja a atuação de policiais militares. As reuniões deverão acontecer na última quarta-feira de cada mês, sendo a próxima no mês de dezembro.

Participaram da reunião, além dos oficiais mencionados, os presidentes da Asprase, da ASSPM/SE, da AAM/SE e representantes da ABSMSE.

2 comentários:

  1. FICA CADA VEZ MAIS CLARO QUE O ALTO COMANDO NÃO QUER DEFINIÇÃO DE CARGA HORÁRIA O LEMA DELES É EU SOU O MAIS PROXIMO DE DEUS ENTÃO TODOS ME DEVEM ENTÃO VÃO TRABALHAR VAGABUNDOS QUE EU QUERO GANHAR A CUSTAS D ALGUEM

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  2. Carga horária tem que ser definida por lei.

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