Foi realizada na manhã desta terça-feira, 2, em Brasília/DF, uma marcha cívica que reuniu policiais e bombeiros militares de vários Estados brasileiros na luta pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 300/2008, ou simplesmente PEC 300, que propõe a definição de um piso salarial nacional para os militares estaduais.
A concentração dos militares aconteceu na catedral de Brasília, de onde a categoria saiu em marcha em direção ao Congresso Nacional. Os militares tomaram parte da pista do eixo monumental e chegaram ao Congresso no momento em que era realizada a solenidade de abertura do ano legislativo.
Os militares entraram na Câmara dos Deputados e lotaram os corredores da Casa. Enquanto aguardavam a liberação para acessar o plenário da Câmara, os militares gritavam palavras de ordem pedindo a aprovação da PEC.
Apesar de não haver nenhuma votação prevista para o dia, a presença de representantes e integrantes da classe foi muito importante, pois mostrou que os policiais e bombeiros militares de todo o país estão mobilizados em defesa de um salário digno para a categoria a nível nacional.
Pressão abafa o Pré-Sal
A presença dos policiais e bombeiros foi tão marcante que praticamente todos os deputados que usaram a palavra no plenário citaram a PEC 300 e a mobilização dos PM’s e BM’s de todo o Brasil. Muitos manifestaram apoio à PEC e à sua colocação na pauta de votação. Pelo menos por um dia, até a discussão do Pré-Sal que é o tema prioritário do governo na pauta da Câmara, ficou esquecida em razão da forte manifestação dos militares.
A ANASPRA (Associação Nacional de Praças) esteve presente com quase toda a sua diretoria em Brasília, inclusive com os sergipanos, sargento Araújo e cabo Palmeira. A entidade que recentemente obteve uma grande vitória no Congresso Nacional, com a aprovação da Lei da Anistia para milhares de militares que haviam sido punidos em decorrência de movimentos reivindicatórios em vários Estados, defende veementemente a criação do piso salarial nacional dos militares estaduais, a definição da carga horária da categoria, a implantação da carreira única, entre outras lutas.
Quase todos os Estados se fizeram representar no ato público. As regiões Nordeste, Sudeste e Sul compareceram em peso. Cinco representantes de três associações sergipanas, integrantes das ASSOCIAÇÕES UNIDAS, também participaram das manifestações em Brasília. O sargento Araújo (ASPRASE), o capitão Samuel (ASSOMISE), e os sargentos Vieira e Edgard, além do cabo Palmeira (ABSMSE). Junto com eles também esteve o Tenente-Coronel da PMSE, Henrique Rocha.
Visitas
Eles não só participaram da marcha em defesa da PEC 300 no período da manhã, como também visitaram os gabinetes de alguns parlamentares sergipanos à tarde. Os representantes sergipanos pediram mais uma vez o apoio dos deputados do Estado para a aprovação da PEC.
Eles também aproveitaram para colar nas portas dos gabinetes de todos os deputados sergipanos onde ainda não havia um cartaz da PEC 300, o cartaz que caracteriza o apoio daquele parlamentar à proposta. Os cartazes foram afixados com a autorização dos próprios parlamentares ou de seus assessores.
Cartazes nos gabinetes sinalizam apoio à PEC 300
No gabinete do deputado Mendonça Prado, os líderes classistas aproveitaram para buscar informações sobre a emenda apresentada pelo parlamentar para a construção do estande de tiros da Polícia Militar de Sergipe. Serão dois milhões de reais destinados à construção do estande, sendo que a liberação da verba dependerá da criação e apresentação de um projeto pela PMSE, que será encaminhado ao Ministério da Justiça para análise e aprovação. Os militares foram recebidos pelo assessor Marcos Elan, já que o deputado não pôde recepcioná-los em virtude de outros compromissos.
Lideranças de Sergipe sendo recebidos no gabinete de Mendonça Prado
À exceção do capitão Samuel Alves, que retornou na noite de terça-feira para Aracaju para tratar de algumas questões, entre elas o problema da CPTur, os demais representantes de Sergipe permanecem em Brasília até quarta-feira.
Na noite desta terça eles participaram ainda de uma reunião da ANASPRA, onde foram deliberadas as ações para o dia seguinte. Na quarta-feira, 03, as mobilizações e reuniões continuam em Brasília, inclusive com a realização de mais uma marcha. O objetivo da classe é pressionar a Câmara para que paute a PEC 300 o mais rápido possível.
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