Fotos: ABSMSE
Mais uma vez representantes das Associações Unidas estiveram reunidos com o Comando da Polícia Militar para debaterem assuntos de interesse geral da classe. O encontro ocorreu na manhã de ontem, 03, no gabinete do Comandante Geral, coronel Pedroso, e teve a participação de alguns oficiais do alto escalão da Corporação e representantes de seis associações, entre elas a Asprase e a Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPM).
As entidades apresentaram ao Comandante a pauta de reivindicações definida pela categoria na última assembleia geral, realizada no dia 24 de fevereiro, e pediram o apoio do Comando para que as reivindicações pudessem ser atendidas. Na nova pauta da categoria constam cinco reivindicações, duas delas ainda remanescentes das negociações da ano passado.
Definição da carga horária; exigência do nível superior para ingresso na carreira; legalização de Unidades e Subunidades da PM; respeito ao princípio da presunção da inocência para as promoções de praças e oficiais; e estabelecimento de novos critérios para o acesso ao CFO (Curso de Formação de Oficiais), iniciando a discussão sobre a implantação da carreira única. Estes são os itens que compõem a nova pauta dos militares.
Dentre todos os pontos, o mais discutido foi a carga horária. Sobre o assunto o coronel Pedroso reafirmou que já se encontra com um documento pronto para publicação em BGO (Boletim Geral Ostensivo), mas deixou aparente que não determinou a publicação por não estar certo de que esta seria a melhor decisão.
O Comandante disse que a luta das associações pela definição da carga horária é justa, mas que os interesses da sociedade e a realidade da instituição também precisam ser considerados. Pedroso no entanto, chegou a afirmar que acredita que o assunto deverá ser resolvido em bom termo. Ele pediu às associações que apresentassem por escrito as reivindicações da classe e suas propostas.
De antemão as lideranças informaram que sobre a carga horária a proposta da classe, aprovada em assembleia, era de 30 horas semanais, e justificaram: "Essa foi a nossa proposta inicial o ano passado. O governo nos propôs 44 horas a partir de junho e 40 horas a partir de janeiro de 2010, o que foi aceito pela classe mas não foi cumprido. Por isso voltamos ao ponto inicial", explicou o capitão Samuel.
Por sua vez o coronel Pedroso avisou que uma carga horária de 30 horas semanais seria impraticável, pois comprometeria a prestação dos serviços da PM à sociedade. Pedroso rechaçou a proposta e disse que poderia ser discutida uma outra jornada semanal, e como hipótese especulou 40 ou 42 horas.
Ao final ficou acordado que Comando e associações voltarão a se reunir para avançar nas negociações e chegar a definições. As associações também acordaram entre si que se reuniriam para discutir ideias a propostas a serem debatidas também com a classe, a fim de defenderem uma ideia formada em consenso com a categoria.
Na manhã de hoje, 04, houve uma nova reunião das associações na sede da Assomise, e como fruto das discussões ficou agendado um novo encontro para a tarde da próxima segunda-feira, 08, após a participação dos militares na sessão plenária da Assembleia Legislativa. Nesse período, os representantes irão analisar documentos e propostas para tentar chegar a uma definição na próxima semana.
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