quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ministro da Justiça demonstra desconhecer a PEC dos policiais

Os policiais militares que estão em Brasília pressionando a volta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos policiais à ordem do dia na Câmara dos Deputados têm se reunido com diversas lideranças visando a acelerar o retorno da votação da PEC. Na tarde dessa terça-feira (6), a Frente Parlamentar em Defesa de Policiais e Bombeiros Militares (Fremil) se reuniu com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. No entanto, o encontro não trouxe avanços às negociações.

De acordo com o deputado federal Capitão Assumção (PSB-ES), integrante da Fremil, o ministro se mostrou desinformado sobre o conteúdo da PEC. Segundo ele, Luiz Paulo Barreto ainda acreditava que a proposta atrelava o piso salarial nacional ao do Distrito Federal. A reivindicação já foi retirada do texto da PEC 300, quando ela foi apensada ao texto da PEC 446. O ministro ainda disse que o gasto com o pagamento dos novos salários seria em torno de R$ 2,5 bilhões ao mês, quando na verdade estes números seriam bem inferiores, não passando de R$ 10 bilhões ao ano.

Os policiais militares do Estado e de todo o País que estão reunidos em Brasília também devem passar por uma série de reuniões nesta quarta-feira (7). O Colégio de Líderes se reúne e a Fremil deve pressionar pela volta da votação da proposta, que foi paralisada ainda em primeiro turno. A Fremil também teve reunião com o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que demonstrou apoio à PEC no Senado.

O deputado alerta para interesses políticos que estariam atrasando ainda mais a votação da PEC, que estabelece pisos salariais mais dignos para a corporação. Ele aponta a incoerência de pausar a votação da proposta no meio do primeiro turno e afirma que deve haver interesses políticos para a não votação do benefício. “Esse fato é inédito, em primeiro turno não se para uma votação, parece até que há interesse em não votar, já que se sabe que a maioria dos parlamentares vota a favor da PEC”.

Piso

A PEC 446 estabelece piso salarial nacional de R$ 3,5 mil para soldados e R$ 7 mil para oficiais, extensivo a todos os policiais civis, policiais e bombeiros militares do País. A aprovação da medida no primeiro turno depende da apreciação de quatro destaques, todos feitos pelos deputados governistas. Os parlamentares da Frente pró-PEC questionam esses pontos, por acreditar que eles descaracterizam a proposta inicial. O primeiro pretende excluir da emenda o valor nominal do piso salarial. A redação desse trecho no texto foi pensado como maneira de assegurar uma implementação imediata do piso a todos os militares do País. No entanto, a estratégia do governo é justamente no sentido contrário. Os governistas querem apagar esse trecho e definir a fixação do piso a partir da criação de uma lei específica.

Fonte: Blog da Renata

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