quinta-feira, 10 de junho de 2010

Adepol lamenta veto à manifestação do pensamento de Paulo Márcio

Associação coloca a assessoria jurídica à disposição do delegado, que denuncia perseguição na SSP

Delegado Paulo Márcio

O delegado Kássio Viana, presidente da Associação e Sindicato de Delegados de Polícia (Adepol) estar colocando à disposição do delegado Paulo Márcio a assessoria jurídica da Adepol para que ele possa se defender dos dois processos administrativos disciplinares que pesam contra ele. Paulo Márcio, que já está discutindo sua defesa com um dos melhores advogados de Sergipe, denunciou estar sendo perseguido pela Superintendência da Polícia Civil por escrever artigos e usar o sistema de e-mail do Estado para avisar a postagem.

"A Constituição diz que é livre a manifestação do pensamento, e qualquer ato que venha podar isso é questionável. Isso não é coisa da nossa época, da era da democracia. O e-mail funcional, durante muito tempo, foi usado indevidamente de forma vexatória. Então, o superintendente baixou a portaria para regulamentar isso. Mas acho que foi exagerada. Paulo manda e-mail, mas quando você abre não vai direto à matéria. Ele faz referência a um link. Para você ter acesso, entra no link. Se quiser entrar. Se você vê a portaria, até se desejar um feliz aniversário está descumprindo", disse.

Segundo Kássio, pela portaria os policiais só podem utilizar o e-mail para interesse do trabalho. "Mas fica um negócio muito restrito. O que é interesse do trabalho. Um artigo que fala sobre a polícia não interessa a categoria? Mesmo que seja criticando, as críticas, às vezes, servem para construir. Se não houvesse críticos no mundo como seria? As coisas estavam do mesmo jeito. Até hoje teríamos pena de morte, enforcamento. Só mudou por conta de críticas de pessoas que não concordavam com algumas atitudes", disse.

Kássio confirmou a informação do delegado Paulo Márcio de que a Associação dos Delegados tentou resolver o problema dialogando, antes de se torná-lo público, mas ouviu do superintendente da Polícia Civil, João Batista, que ele não receberia a Associação para tratar do assunto Paulo Márcio de forma alguma.

"Como segundo eles, é um assunto administrativo e já está resolvido, não querem tratar do assunto. Eu não faria isso como líder. Como chefe de polícia. Não resolvendo na conversa, vamos às vias judiciais. Estes processos de Paulo não vão dar em nada. Não tem fundamentação", assegurou.

Fonte: Universo Político

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