sábado, 14 de agosto de 2010

Integração de Samu e Bombeiros melhora atendimento às vítimas

Nove meses depois da integração dos trabalhos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belo Horizonte e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), as duas instituições promoveram nesta sexta-feira, no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o I Seminário de Atendimento Pré-Hospitalar de Belo Horizonte, com o objetivo de treinar e capacitar as equipes que prestam socorro à população da capital. Ao todo, 200 profissionais, sendo 100 bombeiros e outros 100 profissionais das equipes do Samu, entre médicos, enfermeiros, reguladores (que selecionam o tipo de ambulância e distribuem os chamados) e telefonistas, trocaram experiências. Durante o evento também foi divulgado o balanço dessa parceria, firmada em 1º de dezembro do ano passado.

O chefe da Terceira Seção do Estado Maior do CBMMG e um dos coordenadores do seminário, major Edgard Estevo da Silva, afirma que os dois órgãos compartilham informações dos chamados recebidos pela tela do computador e via rádio. “Isso resultou na diminuição de 80% da duplicidade de envio de unidades de socorro para o mesmo local, sem falar na redução do tempo de atendimento às vítimas e na otimização de recursos”. O oficial adianta que, dentro de até 60 dias, cerca de 10 protocolos de atendimentos serão integrados. Sete deles foram apresentados nesta sexta-feira às equipes. “Com eles, as ações dos bombeiros serão as mesmas do Samu em qualquer procedimento”, frisa.

De acordo com o convênio, prioritariamente as ocorrências que envolvem casos clínicos, obstétricos e psiquiátricos são atendidas pelo Samu. Aquelas que exigem salvamento terrestre, aquático e em altura, envolvam produtos perigosos ou precisem de ações de combate a incêndio são de responsabilidade dos bombeiros. Já em atendimentos de traumas e de várias vítimas, as duas instituições trabalham juntas.

Entretanto, a gerente de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Paula Martins, explica que a divisão das atividades é feita por prioridade. “Quer dizer que se não houver uma unidade do Samu disponível, o Corpo de Bombeiros pode atender a nossas ocorrências e vice-versa. Há uma comunicação constante e em tempo real”, ressalta.

Ela comenta que esse modelo de integração facilitará o funcionamento da Rede de Urgência e Emergência da Região Macrocentro, que está sendo construída em parceria com o governo do estado. Por outro lado, na Rede Metropolitana, também em fase de elaboração, a cooperação dependerá das peculiaridades de cada um dos 39 municípios – BH, as demais 33 cidades da Região Metropolitana e outras cinco localizadas no entorno da capital – que participarão desta emergência unificada.

Fonte: Blog da Renata com informações do jornal Estado de Minas

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