Assim que assumir, em janeiro, presidenta eleita vai convocar governadores para tratar de áreas que considera prioritárias
Brasília - A presidenta eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), revelou ontem que seu primeiro ato no Palácio do Planato, em janeiro do ano que vem, será convocar governadores para tratar das principais metas que ela pretende transformar em marcas de sua gestão: eficiência em segurança pública e melhoria na saúde. Dilma explicou que estes pontos fazem parte de seu compromisso geral com a erradicação da miséria no País.
“Meta é algo que você determina e corre atrás”, afirmou, em sua primeira entrevista como presidenta eleita, à TV Record, ontem à noite. Dilma também disse que vai lutar por educação de qualidade.
Logo depois, a petista foi ao estúdio da Globo em Brasília. Ela contou ao Jornal Nacional que, na hora em que recebeu a notícia de que estava eleita, foi como se estivesse “anestesiada”. “É preciso o tempo passar para absorver uma notícia como essa, com a grandeza do Brasil”, disse. “Chorei um pouco, para dentro, quando mencionei o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meu discurso. E chorei muito depois, para fora, quando cheguei em casa”.
À Record, Dilma havia contado que só se deu conta mesmo do que havia acontecido ao despertar de madrugada, às 5h da manhã de ontem: “Então eu comecei a pensar, caiu a ficha que vou ser presidente. Eu não tinha tido insônia, mas aí, o sono se tornou inquieto. Dormia e acordava toda hora”.
As entrevistas aconteceram depois de um dia quase inteiro de reunião na casa de Dilma, em Brasília, para definir a equipe que vai cuidar da transição de governo. Amanhã, será anunciado oficialmente que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP) serão os responsáveis por negociar com os partidos aliados. O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel cuidarão da parte institucional. O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, cuidará de questões internacionais.
A primeira reunião do grupo está marcada para a sexta-feira. A presidenta eleita, no entanto, não pretende participar: ela quer descansar de hoje até sábado em Porto Alegre, na casa da filha, Paula, e ao lado do neto, Gabriel, de quase 2 meses. No fim de semana, Dilma volta a Brasília. Na próxima semana, ela vai acompanhar a comitiva do presidente Lula em uma viagem a Moçambique, na África, e à reunião do G-20 (o grupo dos 20 países mais ricos do mundo), na Coreia do Sul.
Presidenta deixa claro que vai combater a guerra cambial
Nas duas primeiras entrevistas concedidas após a eleição, Dilma Rousseff se comprometeu a manter os principais pilares da política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, demonstrou preocupação com os rumos da economia mundial e disse ter cartas na manga para combater a supervalorização do real, problema com o qual vai se defrontar antes mesmo da posse.
Dilma, que vai acompanhar Lula na próxima reunião do G-20, deixou claro que o Brasil não será tolerante com a “guerra cambial” praticada por alguns países para obter vantanges nas exportações. Ela espera que na reunião na Coreia do Sul sejam criados instrumentos para impedir a prática da “desvalorização competitiva”, que prejudica os produtos brasileiros. A ex-ministra se compreteu, ainda assim, a não desvalorizar artificialmente o real.
“Eu manterei todos os princípios que regeram o nosso governo no período Lula. São os princípios que fundam a estabilidade macroeconômica no Brasil”, declarou a presidenta à TV Record, mencionando as metas de inflação e o controle dos gastos públicos, com a manutenção dos investimentos e dos programas sociais.
Dilma negou que já tenha definido os nomes do seu ministério, mas adiantou que pretende nomear pessoas com competência técnica e prometeu dar vez às mulheres. “Vou dar muita importância a uma representação feminina”, declarou.
Uma das possíveis colaboradoras é a diretora da Petrobras Maria das Graças Foster, cotada até para assumir a presidência da estatal. A permanência de José Sergio Gabrielli no cargo não está descartada. O cargo mais cobiçado no ministério é o da Fazenda. Segundo integrantes do governo, Lula teria pedido pela permanência de Guido Mantega, mas a pasta pode ser comandada pelo atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Edison Lobão é cotado a voltar para Minas e Energia.
Fonte: O Dia
Brasília - A presidenta eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), revelou ontem que seu primeiro ato no Palácio do Planato, em janeiro do ano que vem, será convocar governadores para tratar das principais metas que ela pretende transformar em marcas de sua gestão: eficiência em segurança pública e melhoria na saúde. Dilma explicou que estes pontos fazem parte de seu compromisso geral com a erradicação da miséria no País.
“Meta é algo que você determina e corre atrás”, afirmou, em sua primeira entrevista como presidenta eleita, à TV Record, ontem à noite. Dilma também disse que vai lutar por educação de qualidade.
Logo depois, a petista foi ao estúdio da Globo em Brasília. Ela contou ao Jornal Nacional que, na hora em que recebeu a notícia de que estava eleita, foi como se estivesse “anestesiada”. “É preciso o tempo passar para absorver uma notícia como essa, com a grandeza do Brasil”, disse. “Chorei um pouco, para dentro, quando mencionei o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meu discurso. E chorei muito depois, para fora, quando cheguei em casa”.
À Record, Dilma havia contado que só se deu conta mesmo do que havia acontecido ao despertar de madrugada, às 5h da manhã de ontem: “Então eu comecei a pensar, caiu a ficha que vou ser presidente. Eu não tinha tido insônia, mas aí, o sono se tornou inquieto. Dormia e acordava toda hora”.
As entrevistas aconteceram depois de um dia quase inteiro de reunião na casa de Dilma, em Brasília, para definir a equipe que vai cuidar da transição de governo. Amanhã, será anunciado oficialmente que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP) serão os responsáveis por negociar com os partidos aliados. O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel cuidarão da parte institucional. O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, cuidará de questões internacionais.
A primeira reunião do grupo está marcada para a sexta-feira. A presidenta eleita, no entanto, não pretende participar: ela quer descansar de hoje até sábado em Porto Alegre, na casa da filha, Paula, e ao lado do neto, Gabriel, de quase 2 meses. No fim de semana, Dilma volta a Brasília. Na próxima semana, ela vai acompanhar a comitiva do presidente Lula em uma viagem a Moçambique, na África, e à reunião do G-20 (o grupo dos 20 países mais ricos do mundo), na Coreia do Sul.
Presidenta deixa claro que vai combater a guerra cambial
Nas duas primeiras entrevistas concedidas após a eleição, Dilma Rousseff se comprometeu a manter os principais pilares da política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, demonstrou preocupação com os rumos da economia mundial e disse ter cartas na manga para combater a supervalorização do real, problema com o qual vai se defrontar antes mesmo da posse.
Dilma, que vai acompanhar Lula na próxima reunião do G-20, deixou claro que o Brasil não será tolerante com a “guerra cambial” praticada por alguns países para obter vantanges nas exportações. Ela espera que na reunião na Coreia do Sul sejam criados instrumentos para impedir a prática da “desvalorização competitiva”, que prejudica os produtos brasileiros. A ex-ministra se compreteu, ainda assim, a não desvalorizar artificialmente o real.
“Eu manterei todos os princípios que regeram o nosso governo no período Lula. São os princípios que fundam a estabilidade macroeconômica no Brasil”, declarou a presidenta à TV Record, mencionando as metas de inflação e o controle dos gastos públicos, com a manutenção dos investimentos e dos programas sociais.
Dilma negou que já tenha definido os nomes do seu ministério, mas adiantou que pretende nomear pessoas com competência técnica e prometeu dar vez às mulheres. “Vou dar muita importância a uma representação feminina”, declarou.
Uma das possíveis colaboradoras é a diretora da Petrobras Maria das Graças Foster, cotada até para assumir a presidência da estatal. A permanência de José Sergio Gabrielli no cargo não está descartada. O cargo mais cobiçado no ministério é o da Fazenda. Segundo integrantes do governo, Lula teria pedido pela permanência de Guido Mantega, mas a pasta pode ser comandada pelo atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Edison Lobão é cotado a voltar para Minas e Energia.
Fonte: O Dia
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