sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Presidente da Anaspra se reúne com diretor de intercâmbio e conselheiro fiscal

Anaspra pretende traçar metas para 2011



Cabo Patrício recebeu os colegas da Anaspra na Câmara Legislativa

Aconteceu no início da noite de ontem, 25, uma reunião entre os sargentos Anderson Araújo, presidente da Asprase, e Alexandre Prado, presidente da ASSPM, com o presidente da Anaspra (Associação Nacional de Praças), o deputado distrital Sidney Patrício (PT/DF). Araújo é o diretor de Intercâmbio da Anaspra e Prado integra o Conselho Fiscal da entidade.

O encontro serviu para que os representantes da Anaspra em Sergipe encaminhassem algumas solicitações ao presidente da entidade nacional, sendo a principal delas a de que a Anaspra tente viabilizar o agendamento de uma reunião com a presidente eleita Dilma Roussef (PT), a fim de tratar de assuntos interesses da classe a nível nacional, proposta corroborada pelo diretor da Regional Nordeste, cabo Jeoás Nascimento (PMRN).

Prado e Araújo também conversaram sobre a necessidade da Anaspra reunir seus diretores e definir os encaminhamentos da associação para 2011. Patrício concordou com essa necessidade e afirmou que pretende convocar uma reunião com a diretoria da entidade no próximo mês de janeiro. “A Anaspra precisa corrigir falhas, resolver problemas administrativos e definir uma pauta e uma agenda de atuação em defesa da classe militar, assuntos que precisam ser discutidos em grupo”, afirmou o sargento Araújo. A entidade deverá se reorganizar para retomar as discussões sobre desmilitarização, carreira única, nível superior e carga horária, além do piso nacional.

Piso nacional

Os sargentos também defenderam que a Anaspra deve adotar uma postura mais incisiva com relação à questão do piso nacional dos militares, que é uma das bandeiras de luta da entidade desde a sua fundação. Para Patrício, a questão do piso já poderia estar resolvida, não fosse a negativa de alguns deputados, especialmente militares, em aceitar um acordo feito com o governo em junho passado, no qual se propunha um piso de 3,5 mil reais. Para Patrício interesses políticos prejudicaram a negociação.

O deputado e presidente da Anaspra não acredita na votação da PEC este ano e crê que somente após a posse da presidente Dilma a discussão sobre o piso poderá ser retomada. Patrício comentou as acusações que tem sofrido de que é contra a PEC 300 e se defendeu dizendo que não é contra a PEC, mas sim contra os seus vícios de inconstitucionalidade, que poderiam fazer com que a proposta, mesmo depois de aprovada, fosse facilmente derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele afirmou que a Anaspra continuará defendendo a criação do piso salarial nacional da categoria, mas entende que a retomada das discussões enfrentará dificuldades.

Anistia e reintegração de PM’s

O presidente da Anaspra também falou a respeito da Lei da Anistia, sancionada pelo presidente Lula em janeiro de 2010 em consequência da luta da entidade nacional, mas que até agora não foi cumprida nos estados e no Distrito Federal. A Lei nº 12.191/2010 anistia os policiais e bombeiros militares que foram demitidos por participar de movimentos reivindicatórios a partir de 1997, e atinge oito estados e o DF. Estima-se que cerca de 5.000 militares devam ser beneficiados pela lei, mas segundo o cabo Patrício, nenhum militar foi reintegrado até hoje, o que faz dessa luta uma das prioridades da Anaspra.

Comunicação

Araújo e Prado também sugeriram ao cabo Patrício que atentasse para a promoção de uma melhor comunicação interna e externa na entidade. Eles lembraram o fato da ADIn 4441, impetrada pela Anaspra contra alguns oficiais da PMSE, sem que houvesse nenhum contato com os representantes da entidade no estado. Além de Araújo e Prado, o sargento Carlos e o cabo Palmeira também integram a associação nacional, e nenhum destes foi consultado ou informado a respeito da ADIn.

Patrício reconheceu que a situação evidencia uma falha da entidade, mas confessou não estar tão a par da situação, pois o assunto foi tratado diretamente por outros diretores e assessores do parlamentar, junto a um advogado do DF que se apresentou para ingressar com a ação em nome da Anaspra, já que a associação não tem advogados. Segundo um assessor do deputado os honorários advocatícios estão sendo pagos por uma associação de Sergipe.

Quanto ao desinteresse no resultado da ação manifestado por associações de Sergipe filiadas a Anaspra, Patrício disse não ver problema, pois como uma entidade nacional a Anaspra precisa entender e respeitar as particularidades de suas afiliadas em cada estado, onde são as entidades locais que conhecem mais profundamente a realidade.

Em relação à comunicação externa, Patrício pretende reformular o site da Anaspra e mantê-lo constantemente atualizado, divulgando as ações da entidade de forma que todas as entidades representativas e os praças de todo o país tenham acesso a essas informações.

Novo encontro

Fica agora a expectativa de que a Anaspra possa mesmo se reunir em janeiro e definir os rumos da entidade em 2011, ano em que haverá também uma nova eleição, renovando sua diretoria. Até lá se espera que o Cabo Patrício, forte candidato à presidência da Câmara Legislativa do DF, possa utilizar o bom trânsito que tem em Brasília para encaminhar questões de interesse da classe em todo o Brasil.

4 comentários:

  1. Isso mostra que a ASPRASE não é uma associação politiqueira e que esse problema da ADI não é, e nunca foi dos praças, é apenas uma questão de poder entre os oficiais, que se utilizam alguns praças oportunistas e terroristas para alardear essa questão. Eu como praça, irei votar nas próximas eleições de 2012 em quem possui um pouco de bom senso e que não seja mais um tumultuador oportunista; que se o cap. Samuel não tiver cuidado esses lideres, irá colocar tudo por água abaixo. Cuidado praças com essas associações SENSASIONALISTAS,elas podem atrapahar mais do que ajudar. Parabéns ASPRASE!!!!

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  2. Representantes com sériedade, é assim buscam melhoria para a classe sem alarde e ÔBA ÔBA, parabens representantes verdadeiramente das praças, não ficam com articulação surdineira e rasteira!

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  3. Sou Praça sim... e a ADI é de meu interesse sim... pois sou soldado atreves de concurso...
    então eu vejo todos os dias que estudei desvalorizados, pois se eu conhecesse ou fosse puxa saco de políticos hoje eu seria oficial sem precisar estudar....
    ENTÃO ESSE MONTE DE PARASITA TEM DE SEREM EXPULSOS PELO BE DA DEMOGRACIA......

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  4. Embora eu acha que os oficiais entraram de maneira errada na PM eu concordo com a postura dos Sgts Prado e Araujo.

    Vcs estão de parabéns!!!

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