Ano retrasado, foram 42 mil pessoas socorridas pelas equipes de assistência pré-hospitalar. Já em 2010, esse número saltou para 63.633
A implantação das 36 bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) em todo o território sergipano garantiu no ano passado um aumento de 51% nos atendimentos, quando comparados a 2009. No ano retrasado, foram 42 mil pessoas socorridas pelas equipes de assistência pré-hospitalar. Já em 2010, esse número saltou para 63.633. Para isso, as Unidades de Suporte Básico (USB) e Avançado (USA) saíram 31.749 vezes das bases.
“Mais do que números de atendimentos, isso representa o avanço no salvamento de vidas. Por termos mais bases espalhadas pelo estado de Sergipe, asseguramos um atendimento ágil, com tempo-resposta que diminuiu significativamente. Isso reflete uma política de descentralização do atendimento e garante melhorias para a população”, destacou Emanuel Messias, diretor-presidente da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão que gerencia o Samu 192 Sergipe.
Em 2007, Sergipe contava com 20 USBs e oito USAs. Em 2009, esse número subiu, respectivamente para 30 e nove ambulâncias. Já no ano passado, o Estado alcançou 36 unidades de suporte básico e 14 de suporte avançado. Para trabalhar nas novas bases, a FHS disponibiliza hoje 722 servidores. Em 2009, eram apenas 198. “Por dia, temos 18 médicos trabalhando. São 14 médicos nas viaturas e quatro na central de regulação. Isso corresponde à força-tarefa de um hospital de médio porte”, destacou o superintendente do serviço, José Edvaldo Santos.
Com a descentralização do atendimento, o Samu teve outro ganho importante: a diminuição do tempo-resposta. Da média de 28,5 minutos, este tempo atingiu 17,5 em 2010. “Segundo padrões do Ministério da Saúde, um Samu municipal tem um tempo resposta aceitável de até 15 minutos. Já um Samu regional tem padrão aceitável de até 30 minutos. Isso significa que o tempo resposta de Sergipe está bom, o que se deve à distribuição igualitária das viaturas pelos territórios”, explicou José Edvaldo. Atualmente, as 36 bases atendem aos 74 municípios do interior, ou seja, uma média de uma base para cada dois municípios.
Ligações
Em 2010, o Samu 192 Sergipe atendeu a 175 mil ligações. Em 12.924 desses chamados o médico regulador orientou por telefone e não foi necessária a saída da ambulância. “Isso tem uma importância grande quando a gente tem epidemias como dengue ou H1N1. As pessoas, às vezes, ligam para tirar dúvidas e saber, por exemplo, se os sintomas que elas apresentam correspondem ao sintoma da doença e como devem proceder”, lembrou o superintendente.
Outro serviço prestado foi a remoção de pacientes para hospitais. Ao todo, foram realizadas 2.934 remoções intra-hospitalares. “São feitas do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) para a rede do interior. O paciente é atendido e resolve o problema de alta complexidade. Depois que é estabilizado, ele volta para o hospital do interior para continuar o tratamento e, assim, desafogar o Huse”, pontuou.
Apesar de ter diminuído de 46% para 35,5%, um problema é ainda o alto número de trotes registrados pelo Samu. No ano passado, foram 62.345 trotes. “Se observarmos o número de trotes por mês, percebemos que quando fazemos campanhas educativas diminui o número de trotes. Toda vez que a campanha é interrompida o número volta a crescer”, destacou José Edvaldo.
Alertas
O superintendente do Samu chama a atenção para o número de acidentes que acontecem nos meses de festa. “No ano passado, tivemos 625 mortes antes dos primeiros atendimentos. O que verificamos é que esse número aumenta significativamente nos meses de festa, já que a violência nas rodovias aumenta muito”, enfatizou. Nestes períodos, também aumentam os acidentes com múltiplas vítimas, ou seja, que envolvem mais de seis vítimas. “A combinação de álcool e direção favorecem que esses acidentes aconteçam”, finalizou.
Fonte: Agência Sergipe de Noticias
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