Outra alternativa - Os migrantes e o narcotráfico no México
O México não é o Brasil, mas a comparação pode permitir avançar na estrada da compreensão. No país perto dos Estados Unidos, a batalha entre organizações criminais, o exército nacional e a polícia, se enfurece. A guerra contra o tráfico de drogas declarada por Felipe Calderón, alguns dias depois da entrada dele na função de presidente, em 2006, por muito tempo um dos mais assassinos. Ainda desde 2006, 28 mil civis, empregados estatais, policiais, membros das forças armadas ou "narcos" morreram por consequência da violência ativada por esta guerra.
O tráfico da droga no México é antigo. Dura quase um século. Na realidade, as intervenções americanas na Colômbia, nos anos oitenta, facilitaram a crescente expansão e implantaram em terras astecas o valor das redes. Já durante a crise de 1929, certos políticos do norte do país administraram seus interesses e truques com as redes ascendentes, próximo à suas responsabilidades políticas. As policias regionais e também as agências federais são incluídas até o pescoço neste negócio suculento. Os "hippies" americanos fumam a maconha deles e o resto... Tudo está bem em um admirável mundo.
As alternações dos partidos políticos nos estados federados, nos anos noventa, desacreditam os políticos. Com os anos que passam, os narcotraficantes levam a sua autonomia. Terminado a submissão com os truques dos políticos. O mercado americano pertence a eles, para o único lucro deles.
Ao mesmo tempo, crises econômicas tremeram o México repetidamente. São empobrecidos os mexicanos das zonas rurais. Em lugar de sair para inchar as cidades de choupana de Cidade do México e Tijuana, eles procuram o trabalho em Los Angeles e Chicago. A migração aparece para muitas famílias como uma esperança de sobrevivência. Migrar lhes permite melhorar as suas condições de sustento. Também migrar, isto é, se aproximar do "American Dream", os permite voltar para casa com uma Pickup e um pacote muito grande de dinheiro, mas só depois de alguns anos.
Com a crise de 2008-2010, não se afetou a geração de emprego só no México, mas também nos Estados Unidos. Por que eles querem migrar, se não há nenhum trabalho em Chicago? O que eles querem fazer là? Eles querem continuar alimentando a família no seu país. Porque voltar em casa com as mãos vazias é inconcebível. Além disso, eles não poderão voltar aos Estados Unidos alguns meses mais tarde; é demais duro, até mesmo impossível, por causa desta parede que se eleva na fronteira. O que fazem estes migrantes então? Embora não todos, claro. Certos migrantes não esperaram pela falência de Lehman Brothers. Porém, se envolver no tráfico da droga pode render muito dinheiro. Muito rapidamente. E gerar uma celebridade na casa. Eles ganham dinheiro, mas vendem drogas no lado americano da borda.
De certo modo, o que os migrantes mexicanos fazem é alternativa. Desencorajado para achar um emprego decente, um emprego viável nos Estados Unidos, obrigados a alimentar sua esposa, as crianças, a borda do legal e o ilegal é enfraquecida. Para o mais jovem, desapareceu o "sueño mexicano" e o "American Dream" desapareceu com Lehman Brothers. Mas eu sou curioso. Como acontece no Brasil?
Adrien Quittre é pesquisador em sociologia da Universidade católica de Louvain-la-Neuve (UCL, Bélgica), Graduado do Mestrado em Demografia e desenvolvimento da Universidade católica de Louvain-la-Neuve, Graduado do Mestrado em Etnologia e antropologia social da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais em Paris (EHESS, Francia).
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