Gabriel Munhoz/Da Redação
Canoas
A integração entre os órgãos responsáveis por garantir a segurança pública em Canoas dá resultados. Dois anos depois da criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) - onde atuam de forma conjunta principalmente Polícia Civil, Brigada Militar, Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania -, números que colocavam a cidade no ranking das mais violentas no RS começam a reduzir. E o trabalho desenvolvido pelo GGI vai além do enfrentamento direto à violência. Ele conta com a presença de profissionais atuando em áreas que diretamente não têm ligação com segurança, mas auxiliam na formulação de políticas ao setor.
À frente da Secretaria de Segurança, Eduardo Pazinato aponta que dos últimos anos, 2010 foi a primeira vez em que houve a redução no número de homicídios, e que esta é uma tendência. "Estamos começando. O mais importante nesse trabalho é que o GGI é um espaço de gestão da segurança, mas respeitando a liberdade de cada instituição", conta.
De olho na segurança
Formular políticas de segurança, fazer o diagnóstico do que é preciso e avaliar os resultados. Para o secretário Eduardo Pazinatto, esses são os três aspectos do trabalho no GGI. Por meio do Observatório da Segurança, também instalado na sede do GGI, um grupo de geógrafos e sociólogos mapeia o município e discute quais os motivos da violência em determinados bairros e formas de combate. Ao invés de fazer um enfrentamento direto ao crime, as armas usadas são de inteligência: softwares atualizados que permitem uma avaliação de informações geográficas e a análise de dados.
"Canoas é exemplo"
Tanto em Canoas como em outros municípios do Estado, a Polícia Civil garante ser parceira no sistema de Gabinete de Gestão Integrada. A informação é do chefe da Polícia Civil Ranolfo Vieira Júnior, que vê na integração uma forma de fortalecer a segurança. "Canoas tem sido um exemplo. Tanto com a participação da União por financiamentos (projetos como o Pronasci), do Estado por meio da Polícia e da BM e do município", cita. Ranolfo lembra também que outros municípios que estão adotando a prática começam a colher bons frutos, como São Leopoldo e Esteio. ‘‘Novo Hamburgo está querendo fortalecer, o que é ótimo", ressalta.
Trabalho em conjunto
O maior benefício da criação dos Gabinetes de Gestão Integrada, na avaliação do Comandante-Geral da Brigada Militar, Sérgio Abreu, é exatamente a possibilidade de integrar. Segundo o comandante, essa ligação deve ser feita não apenas com as polícias, mas com todos os órgãos que atuam na sociedade. "A segurança muitas vezes não está ligada apenas a uma instância. Um exemplo é o roubo e furto de carros. A pessoa irá revender aquelas peças, aí cabe à Prefeitura verificar o alvará daqueles locais", exemplifica. No caso de Canoas, o comandante acredita que o trabalho tem dado subsídios para o trabalho da Brigada Militar, principalmente em relação a ações conjuntas ocorridas no bairro Guajuviras.
Plantões integrados dão resultados
O comandante do 15º Batalhão da Brigada Militar, tenente-coronel Mário Iukio Ikeda, exemplifica a eficácia da integração nos Plantões Integrados (blitze conjuntas realizadas). "Muitas vezes nessas missões que contam com a Vigilância Sanitária e a Guarda Municipal chegamos a locais em que a infração não é de nossa competência, questões administrativas que são importantes", ressalta.
Informação comum para todos
Outro ponto positivo é a possibilidade de os órgãos de segurança compartilharem informações. No caso da Polícia Civil, o coordenador da 2ª DPRM, Edilson Chagas Paim, diz que as informações obtidas através das ações do GGI dão subsídios e até provas para o andamento dos inquéritos. "No caso do ShotSpotter (de audiomonitoramento de tiros) por exemplo, a polícia pode prender a pessoa em flagrante, tendo em mão a prova dos disparos." Para Paim, a tendência é que o sistema adotado em Canoas se espalhe para o outras cidades.
Fonte: Diário de Canoas
Canoas
A integração entre os órgãos responsáveis por garantir a segurança pública em Canoas dá resultados. Dois anos depois da criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) - onde atuam de forma conjunta principalmente Polícia Civil, Brigada Militar, Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania -, números que colocavam a cidade no ranking das mais violentas no RS começam a reduzir. E o trabalho desenvolvido pelo GGI vai além do enfrentamento direto à violência. Ele conta com a presença de profissionais atuando em áreas que diretamente não têm ligação com segurança, mas auxiliam na formulação de políticas ao setor.
À frente da Secretaria de Segurança, Eduardo Pazinato aponta que dos últimos anos, 2010 foi a primeira vez em que houve a redução no número de homicídios, e que esta é uma tendência. "Estamos começando. O mais importante nesse trabalho é que o GGI é um espaço de gestão da segurança, mas respeitando a liberdade de cada instituição", conta.
De olho na segurança
Formular políticas de segurança, fazer o diagnóstico do que é preciso e avaliar os resultados. Para o secretário Eduardo Pazinatto, esses são os três aspectos do trabalho no GGI. Por meio do Observatório da Segurança, também instalado na sede do GGI, um grupo de geógrafos e sociólogos mapeia o município e discute quais os motivos da violência em determinados bairros e formas de combate. Ao invés de fazer um enfrentamento direto ao crime, as armas usadas são de inteligência: softwares atualizados que permitem uma avaliação de informações geográficas e a análise de dados.
"Canoas é exemplo"
Tanto em Canoas como em outros municípios do Estado, a Polícia Civil garante ser parceira no sistema de Gabinete de Gestão Integrada. A informação é do chefe da Polícia Civil Ranolfo Vieira Júnior, que vê na integração uma forma de fortalecer a segurança. "Canoas tem sido um exemplo. Tanto com a participação da União por financiamentos (projetos como o Pronasci), do Estado por meio da Polícia e da BM e do município", cita. Ranolfo lembra também que outros municípios que estão adotando a prática começam a colher bons frutos, como São Leopoldo e Esteio. ‘‘Novo Hamburgo está querendo fortalecer, o que é ótimo", ressalta.
Trabalho em conjunto
O maior benefício da criação dos Gabinetes de Gestão Integrada, na avaliação do Comandante-Geral da Brigada Militar, Sérgio Abreu, é exatamente a possibilidade de integrar. Segundo o comandante, essa ligação deve ser feita não apenas com as polícias, mas com todos os órgãos que atuam na sociedade. "A segurança muitas vezes não está ligada apenas a uma instância. Um exemplo é o roubo e furto de carros. A pessoa irá revender aquelas peças, aí cabe à Prefeitura verificar o alvará daqueles locais", exemplifica. No caso de Canoas, o comandante acredita que o trabalho tem dado subsídios para o trabalho da Brigada Militar, principalmente em relação a ações conjuntas ocorridas no bairro Guajuviras.
Plantões integrados dão resultados
O comandante do 15º Batalhão da Brigada Militar, tenente-coronel Mário Iukio Ikeda, exemplifica a eficácia da integração nos Plantões Integrados (blitze conjuntas realizadas). "Muitas vezes nessas missões que contam com a Vigilância Sanitária e a Guarda Municipal chegamos a locais em que a infração não é de nossa competência, questões administrativas que são importantes", ressalta.
Informação comum para todos
Outro ponto positivo é a possibilidade de os órgãos de segurança compartilharem informações. No caso da Polícia Civil, o coordenador da 2ª DPRM, Edilson Chagas Paim, diz que as informações obtidas através das ações do GGI dão subsídios e até provas para o andamento dos inquéritos. "No caso do ShotSpotter (de audiomonitoramento de tiros) por exemplo, a polícia pode prender a pessoa em flagrante, tendo em mão a prova dos disparos." Para Paim, a tendência é que o sistema adotado em Canoas se espalhe para o outras cidades.
Fonte: Diário de Canoas
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