A política de combate ao fumo desenvolvida no Brasil tem eficácia comprovada. A droga está cada vez mais negativada do ponto de vista cultural, pela limitação à propaganda e a publicação de anúncios e campanhas mostrando os danos que o uso do tabaco traz à saúde.
Além disso, a carga tributária que incide sobre o fumo é elevada em relação aos demais produtos, o que tem levado as fabricantes a ter uma significativa redução em seu lucro:
Lucro da Souza Cruz recua 2,4% em 2010, para R$ 1,4 bilhão
[...]A Souza Cruz mostrou queda de 2,4% em seu lucro líquido no ano passado, para R$ 1,449 bilhão, segundo o padrão contábil internacional (IFRS).
A companhia reajustou os preços em 11% para compensar a maior carga tributária sobre o segmento. Ela destaca em seu balanço que recolheu R$ 7,434 bilhões em impostos no ano passado, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior, quando foram pagos R$ 6,328 bilhões.
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Pelo que se vê, o tráfico de drogas possui também uma economia de mercado sustentável, com demanda, receita, lucro, despesas e todos os conceitos existentes num comércio comum. Se há no capitalismo legal os grandes barões donos de multinacionais, há também no tráfico seus correspondentes, assim como seus gerentes, operários, supervisores etc.
Engana-se quem acha que os donos do tráfico desejam a mudança das políticas de drogas vigentes, já que faturam cerca de 320 bilhões de dólares por ano em todo o mundo. O pior dos cenários para esses “grandes empresários” seria a adoção de medidas controladoras do consumo, como a taxação legal, tal qual ocorre hoje com o cigarro no Brasil.
A manutenção do atual sistema de enfrentamento das drogas só traz benefícios aos grandes traficantes, que têm muito interesse que a conjuntura não mude. Quem são esses grandes empreendedores e como eles se mobilizam para defender seus interesses é a grande reflexão a ser feita.
Fonte: Blog Abordagem Policial
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