Capitão Samuel promete um pronunciamento duro para cobrar do governo uma resposta às reivindicações da classe
Lideranças de associações dos militares de Sergipe estiveram reunidos hoje pela manhã na sede da Associação de Praças de Sergipe (Asprase), no Centro de Aracaju, para discutir os próximos passos da classe na busca do atendimento à pauta de reivindicações apresentadas pela categoria ao Governo do Estado.
Em reunião ocorrida no último dia 18 de abril no Palácio de Despachos, por intermédio do deputado estadual capitão Samuel (PSL), as associações entregaram ao subsecretário de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais, Francisco dos Santos, o Chico Buchinho, uma pauta de reivindicações aprovada pela categoria em assembleia geral unificada, na qual constam como itens a definição de carga horária, o nível superior, a aprovação da nova LOB (Lei de Organização Básica), promoções e retorno da etapa de alimentação.
Como até a presente data não houve qualquer manifestação do governo, as lideranças decidiram tomar novas atitudes para que a classe não seja esquecida. Na reunião de hoje, articulada pelo presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPM/SE), sargento Alexandre Prado, e que contou também com a participação do deputado capitão Samuel, ficou definido que o parlamentar buscará agendar uma nova reunião com o subsecretário Chico Buchinho, a fim de que sejam dadas respostas sobre o encaminhamento da pauta apresentada pelos militares.
Além disso as associações deliberaram por convocar a classe para lotar as galerias da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE) na próxima segunda-feira, 9, quando o deputado capitão Samuel promete fazer um discurso duro em plenário para cobrar do governo mais atenção com a classe militar. “Estamos convocando todos os companheiros para estarem na Assembleia Legislativa a partir das 14:30h da próxima segunda-feira, dia 9, para pela primeira vez prestigiarmos unidos um pronunciamento do primeiro deputado estadual eleito por nossa classe. Será o início da mobilização em busca do atendimento de nossas reivindicações para 2011. A partir daí definiremos os próximos passos”, disse o sargento Prado, presidente da ASSPM/SE.
Para o presidente da Associação dos Oficiais (Assomise), major Adriano Reis, o momento é de se despir de qualquer vaidade e mais uma vez unir forças em busca dos objetivos comuns da classe, mesma opinião do presidente da Asprase, sargento Araújo, que considera a união das diversas entidades como fator preponderante para se alcançar os objetivos. Questionado se a ação dos militares tinha relação com a mobilização dos delegados da Polícia Civil, Araújo afirmou que não e acrescentou: “Não somos contra a mobilização e os pedidos dos delegados ou de qualquer categoria. Porém somos unânimes em afirmar que o governo precisa tratar os servidores da segurança pública de forma igualitária. Se o governo quer uma integração verdadeira, precisa começar dispensando o mesmo tratamento aos policiais civis e militares”, declarou o sargento. Araújo lembrou que direitos como a definição de carga horária e a gratificação por cursos, concedidos aos policiais civis, não existem para os servidores militares. “Não se trata de inveja ou ciúmes. Trata-se apenas de lutar pelos mesmos direitos”, afirmou.
As associações pretendem ainda elaborar um documento para ser entregue ao Comandante Geral da PMSE e aos Comandantes de Unidades da capital e do interior solicitando que, diante do decreto governamental que determina a contenção de despesas no governo, a exemplo do pagamento da GRAE (Gratificação por Atuação em Eventos), só sejam empregados em eventos os policiais que estiverem em serviço ordinário, uma vez que o militar tem direito à folga e não deve ter a mesma retirada sem uma compensação pelo Estado.
Participaram da reunião representantes da Asprase, ASSPM/SE, Assomise, Associação Beneficente e Associação dos Bombeiros Militares (Asbom), além do deputado estadual capitão Samuel.
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