terça-feira, 31 de maio de 2011

SSP debate reivindicações de PMs

Secretário João Eloy recebe lideranças das Associações Unidas da Polícia Militar e garante intervir entendimentos

Secretário e militares: entendimentos à vista (Foto: Daniel Nascimento/Portal Infonet)


O secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, recepcionou, no final da manhã desta terça-feira, 31, lideranças das Associações Unidas compostas por representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Sergipe. Na oportunidade, o grupo entregou ofício ao secretário João Eloy, contendo reivindicações básicas de interesse comum.


Na pauta, os militares informam que, na próxima quinta-feira, 2, a categoria se reunirá em assembleia geral para informar aos associados o resultado deste encontro ocorrido no gabinete do secretário João Eloy. “Neste encontro, deliberar-se-á os novos passos a serem tomados pelos entes associativos, principalmente em se tratando que se aproxima dos festejos juninos, evento em que os profissionais de segurança públicas são utilizados em suas horas de folga e lazer”, informam as lideranças, no ofício entregue a João Eloy.

O grupo de militares demonstrou tranquilidade e posicionou-se de forma menos eufórica, evitando qualquer tipo de ameaça à segurança pública durante os festejos juninos, bem diferente da manifestação do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol), Antonio Moraes, ao reagir contra ao projeto do Governo que estabelece reajuste salarial diferenciado para delegados de polícia.


Os policiais militares revelam que chegam a acumular uma carga horária excessiva, atingindo, muitas vezes, ao patamar de 192 horas mensais. Mas isto não será fator para a categoria desestabilizar a segurança pública e colocar em risco a sociedade sergipana. É justamente a definição da carga horária, onde se encontra um dos principais itens em negociação com o Governo.


Para os militares presentes à reunião, o presidente do Sinpol teria agido no afã dos debates. “No calor dos acontecimentos, as pessoas proferem palavras impensadas, mas vamos analisar de forma tranquila para ver o norte que vamos tomar. A sociedade pode ficar tranquila”, comentou o Cabo Palmeira, gestor da Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe (ABSMSE). “Não somos contra a reajuste de quem quer que seja. Porém, advertimos que estamos na mesma secretaria e esperamos que seja observado que ficamos para trás”, disse o Cabo Palmeira.

O Coronel Péricles, também gestor da ABSMSE, tem o mesmo entendimento e informa que os militares estão dispostos a buscar o diálogo com o governo, tendo apoio irrestrito da sociedade. “Estamos procurando construir de forma coletiva um entendimento, ouvindo a todos, buscando as pessoas que podem efetivamente ajudar a resolver os nossos problemas”, enfatizou o Coronel Péricles, gestor da ABSMSE.


Após a reunião, o secretário João Eloy informou, por meio da Assessoria de Comunicação da SSP, que recebeu o documento, ouviu atentamente as reivindicações apresentadas por todos ali presentes e se comprometeu a fazer intermediações junto ao governador Marcelo Déda para encontrar soluções que atendam aos interesses de ambas as partes.


Reivindicações

O documento contém quatro itens, que, segundo as lideranças, estão relacionados à promoção da modernização dos trabalhos dos profissionais da Segurança Pública:


I – Aprovação da Lei de Organização Básica e a Lei de Fixação de Efetivo, de forma que a categoria tenha acesso ao conteúdo antes do projeto ser encaminhado para aprovação da Assembleia Legislativa


II – Definição da carga horária do trabalhador policial e bombeiro militar com a consequente jornada de trabalho porque regula o período de trabalho do ser humano, cuja declaração universal do homem de 1948 prescreve no artigo XXXIV – todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e as férias remuneradas periódicas


III – Exigência de nível superior a todos os novos profissionais que ingressarem na Polícia e Bombeiro Militares, nos moldes aos novos profissionais da Polícia Civil, por ser legítimo, justo e anti-discriminatório, já que se trata de profissionais de uma mesma secretaria, não havendo qualquer razão para segregar um ou outro segmento, principalmente no momento em que se preconiza a ideia sistêmica e integrada dos organismos da segurança pública


IV – Indenização da etapa alimentícia, já com a jornada de trabalho definida estabelecendo um valor que deve vir no contracheque do profissional, para que este se responsabilize por sua alimentação, como já existe em outras corporações. Tal ideia implica grande ganho. A permanência dos PM/BM no local de serviço, economia de combustível, gás, energia, processo licitatório, etc.


Por Cássia Santana


Fonte: Portal Infonet

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