quinta-feira, 2 de junho de 2011

Policiais buscam apoio dos líderes do PT e PSDB para votção da PEC 300

Um grupo de policiais esteve ontem à tarde no gabinete dos líderes do PT e do PSDB na Câmara dos Deputados em Brasília, em busca de apoio para que a PEC 300 possa ser votada o quanto antes. Os dois partidos ainda não indicaram os deputados que ocuparão suas vagas na Comissão Especial destinada a analisar as Propostas de Emenda à Constituição que versem sobre Segurança Pública (CESEGUR).

São quatro vagas para o PT e três para o PSDB, que já possuem uma relação com o nome de deputados interessados em integrar a Comissão, mas que ainda não fez a indicação destes nomes.

O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira, não se encontrava na Casa, mas sua assessoria informou que o partido já tem os nomes dos interessados em compor a CESEGUR e fará a indicação. Já o líder do PT, deputado Paulo Teixeira, estava em reunião e não atendeu os policiais, que foram recebidos a seu pedido pelo deputado Jilmar Tatto. O PT alega que tem onze nomes para apenas quatro vagas e que nenhum dos deputados deseja abrir mão de estar na Comissão.

Para o presidente da Asprase, sargento Araújo, a criação de uma nova Comissão para apreciar a PEC 300 só servirá para retardar ainda mais a votação em segundo turno. Para ele, se a PEC já foi analisada anteriormente em uma outra Comissão Especial e votada em primeiro turno, não deveria haver a necessidade de se repetir todo o processo novamente para a votação em segundo turno, mesmo porque leva-se muito tempo desde a instalação de uma comissão até a conclusão dos seus trabalhos e a PEC 300 poderia ser apreciada pela própria Comissão de Segurança Pública.

Outra preocupação de Araújo é quanto ao número de deputados interessados no PT para integrar a nova Comissão Especial proposta pela presidência da Casa, que excede o número de vagas que o partido tem na Comissão. Para ele, todo esse interesse mais atrapalha do que ajuda, já que serve de pretexto para que o PT não indique seus representantes alegando que precisa estabelecer um acordo interno para contemplar os interessados. Enquanto esse acordo não é feito, o tempo passa e a matéria não vai a plenário.

Apesar de seu posicionamento, o sargento Araújo e o sargento Prado, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPM/SE), estiveram junto com os colegas dos demais estados na busca de apoio para que a PEC ganhe celeridade na Câmara.

Um grupo de policiais chegou a a falar pessoalmente com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia. O sargento Prado, que integrava o grupo, pediu ao presidente em nome de todos os policiais que dê atenção à luta da classe e à PEC 300, e que coloque a proposta em pauta para que seja votada em plenário.

Os policiais e bombeiros militares em todo o Brasil continuam mobilizados e muitos já se preparam para no dia 5 de julho voltarem a Brasília, a fim de acompanhar mais uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, onde a PEC 300 estará novamente no centro das discussões.

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