segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Policiais prestam depoimento por trabalharem à paisana

Eles alegaram que não recebem o fardamento há três anos


Farda totalmente rasgada nos bolsos e... (Fotos: Portal Infonet)

Três policiais militares foram convocados a prestar depoimentos na tarde desta segunda-feira, 23, na Companhia de Policiamento Turístico (CPTur). Motivo? Não possuem fardamento e foram trabalhar à paisana. Pedindo para não serem identificados os militares contaram que estão há três anos sem receber a farda, quando pela legislação devem contar com no mínimo três por ano.

A reportagem do Portal Infonet esteve no local e constatou a indignação dos policiais que foram recebidos pelo comandante da CPTur, tenente Fábio Alcântara. De acordo com ele, recebeu a determinação do comando do Policiamento da Capital.

“Eu recebi a determinação do comandante Enilson Aragão para pegar os depoimentos dos três policiais em virtude de os mesmos terem se apresentado em trajes civis sob a alegação de que não receberam o fardamento. Os policiais já estão aqui e estou apenas aguardando os defensores”, explica o tenente Alcântara.


... coturnos totalmente danificados

“É uma situação absurda. Além das fardas, os coturnos estão totalmente danificados. Sem qualquer condição de uso. Pior é que por lei, os policiais têm direito a três fardas por ano e não passar três anos com uma única”, lamenta um dos PMs. Os três pediram para não serem fotografados, apesar de estarem cumprindo determinação do Comando em prestar depoimentos.

Vários policiais estão sendo ouvidos e liberados a exemplo do que aconteceu com os que trabalham no 5º e no 8º Batalhão, além de alguns Postos de Atendimento ao Cidadão (PAC).

A reportagem do Portal Infonet tentou ouvir o comandante Enilson Aragão por telefone, mas não obteve êxito e continua a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Por Aldaci de Souza

NOTA: Ao tomarem conhecimento da situação ocorrida esta tarde na CPTur, representantes da Aspra e da Assomise enviaram seus advogados àquela Companhia para acompanharem os militares que estavam sendo ouvidos. O presidente da Aspra, sargento Prado, o seu vice-presidente, sargento Araújo, e o sargento Vieira da Amese estiveram no local para ficar a par da situação, que era de tranquilidade.

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