sexta-feira, 8 de junho de 2012

A importância oculta dos agentes, a nova ‘cara’ do sistema e a teimosia do óbvio

Segurança pública é um ciclo imenso. Quando um deles não funciona, é trabalho perdido.

Sem querermos fazer nenhum trocadilho com a já banalizada violência na Paraíba, onde pessoas são esquartejadas por qualquer motivo, vamos “por partes”.

1 - a imprensa e o povão pouco sabem (e é até bom que não se inteirem mesmo) que entre os agentes penitenciários existe um grupo cuja missão é investigar determinadas ligações entre os mundos interno e externos dos presídios. Ou seja, existe um serviço de inteligência. E para quem se perguntar “onde está isso que ninguém vê?”, a resposta segue também como pergunta: serviço de inteligência é para ser visto? Se assim o for, não é inteligência.

Foi a partir do trabalho desse pessoal que os acusados de esquartejar duas mulheres em João Pessoa, na quarta-feira (6), foram parar atrás das grades. E confessaram o crime.

Na verdade, os mandantes dessa barbárie são presos que estão recolhidos no Roger. O serviço de inteligência apurou e repassou informações importantes aos setores competentes da investigação criminal, que completaram o trabalho.

2 - há quem não goste quando falamos a respeito, mas, na nossa singela opinião, o sistema prisional paraibano está, sim, dando passos importantes. Falta muito. A estrutura ainda é precária. O ambiente continua sendo o inferno na terra, e a categoria deve fazer pressão constante no governo. Mas está caminhando.

3 - o sistema prisional – agora, é necessário que a imprensa e o povão saibam – é um setor extremamente estratégico para investigar a violência nas ruas. Grande parte das piores mazelas que acontecem bem longe das grades tem origem nas prisões. Portanto, não adianta muita coisa investir apenas nas polícias Civil e Militar. Segurança pública é um ciclo imenso. Quando um deles não funciona, é trabalho perdido.

Fonte: Paraíba em QAP
 

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