domingo, 3 de maio de 2015

Não precisa avisar que é feriado, o terrorismo sonoro informa


Feriado só serve para quem trabalha, para quem está desempregado é feriado “forçado” todos os dias, para que estuda para concursos públicos, a palavra “feriado” causa pânico, é uma quebra de expectativa, você planeja estudar, talvez consiga, provavelmente não . Diante da obsessão do brasileiro por som em altíssimo volume, é proibido, estudar nos finais de semana e feriados, nada é tão deprimente como essas mensagens: “amanhã é feriado”, “o feriado chegou”. Dispenso tais mensagens, ainda que eu esteja “perdida” sem saber datas, dias da semana, se for feriado é impossível não saber, o “tum,tum,tum” do som automotivo de algum incivilizado anuncia que, sim é feriado, dia de quem trabalha não descansar e ainda perturbar o sossego e a tranquilidade alheia.

Parece que não existe crise econômica que impeça a ocorrência de festas barulhentas nos finais de semana e nos tão odiados feriados. O que tais elementos tanto comemoram? Os aumentos mensais na conta de luz? Os aumentos constantes nas taxas de juros, ou essa gente simplesmente, não sabe o que se passa a sua volta? Muito se questiona o “Estado Laico”, querem Estado Laico, mas não vejo ninguém pedir o fim dos feriados religiosos, não servem para nada, são apenas pretextos para a maldosa turma do barulho, saírem as ruas, promovendo baderna, roubando o silêncio, o sossego e a tranquilidade das pessoas. Feriado = serei obrigada a passar o dia ouvindo música de péssimo gosto, em resumo é isso, uma interrogação fica no ar: será que amanhã algum SURDO vai ligar som por perto? Por perto, porque nem sempre é exatamente em minha rua, as vezes é até em ruas vizinhas e parece que está dentro de minha casa.



Leis proibindo, não resolvem, incivilizado não respeita nada, vive em função do “faço o que quiser”, argumenta sempre: “quer silêncio vá morar no cemitério”, entre outras frases sem nenhuma lógica. Quem mora perto de gente barulhenta merece ser indenizado pelo poder público, que permite a proliferação da falta de educação e a venda de equipamentos de som cada vez mais potentes para uso em carros e em residências. Uma boa forma de indenizar seria revestir um cômodo na casa de quem reclama o direito ao sossego com isolamento acústico. Seria um caos, várias pessoas processando o Município, exigindo isolamento acústico para terem direito ao sossego, será que iriam resolver proibir a venda de máquinas de fazer barulho para carros e uso em residências?

Carro é meio de transporte, casa não é boate, equipamentos sonoros com potência incompatível para uso em via pública e residências, simplesmente não deveriam ser vendidos. As pessoas que fazem festas barulhentas em casa estufam o peito para dizer: “tem som quem pode”. Quem pode alguma coisa, aluga um espaço com isolamento a´acústico para fazer uma festa, não adianta “poder ter som”, status mesmo é poder ser civilizado, qualquer um pode ser, basta querer.

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