terça-feira, 19 de julho de 2016

Sergipe: Coronel e delegado trocam farpas durante entrevista

A sociedade não pode pagar por uma animosidade entre oficiais e policiais civis por conta de uma opinião, diz comandante sobre declaração de delegado

A declaração feita pelo delegado Paulo Márcio, presidente da associação dos delegados de policia de Sergipe (Adepol), feito na manhã desta terça-feira (19), de que é preciso mais oficiais nas ruas, no combate ao crime não agradou ao coronel Paiva.

Ao tomar conhecimento das declarações de Paulo Márcio, o relações públicas da policia militar, coronel Paulo Paiva, pediu espaço ao programa jornal da Ilha, para responder ao delegado que qualificou a PM como uma instituição “ultrapassada e obsoleta”, devido às regras que regem a corporação que ainda hoje segue orientações da RDE.

Demonstrando certa irritação com as declarações do delegado, Paiva disse que “o delgado Paulo Márcio não conhece a realidade da policia militar. É preciso ter conhecimento para fazer uma análise dessas. O nosso oficial passa vários anos se preparando e além disso, nem todos os oficiais são conhecidos da imprensa. Mas isso não quer dizer que eles não trabalham. Com essas afirmações o senhor parece que está espalhando a discórdia”, afirmou o coronel em entrevista à radialista Magna Santana.

Em resposta ao que disse o coronel, o presidente da Adepol, Paulo Márcio afirmou que “é preciso que o coronel Paiva ouça a tropa, os praças. Essa é uma instituição obsoleta, ultrapassada. O coronel não pode impedir que seja feita critica construtiva”, disse o delegado e completou, “oficial precisa parar de bater a cabeça nas repartições e ir para as ruas”.

Comandante – após a entrevista, o comandante da PM, coronel Marcony, também participou do programa para responder a Paulo Márcio e também foi duro em sua resposta. “Voce se entrincheirar em uma mentira e vir falar de uma instituição que é respeitada, isso não vou aceitar. Não interessa à sociedade um problema institucional discutido em rádio. eu não reconheço autoridade do delegado Paulo Márcio e vejo uma certa arrogância e tenho certeza que é uma opinião isolada”, explicou o comandante.

Coronel Marcony disse ainda que “não sou comandante de fachada. Estou na condição para dar uma resposta aos meus oficiais que não estão órfãos. Fiquem tranquilos porque essa não representa a opinião da maioria. Não vou aceitar ninguém vir dar opinião sobre a situação da PM. eu jamais vou aceitar uma critica descabida. Não vejo legitimidade para isso. Porque não nos procurou no quartel. A sociedade não pode pagar por uma animosidade entre oficiais e policiais civis por conta de uma opinião. A policia militar é patrimônio da população sergipana”, disse coronel e encerrou a entrevista avisando ao delegado que já comuniquei ao presidente da Assomise, coronel Adriano para que acione na justiça”, avisou o comandante da PM

Munir Darrage

Fonte: Faxaju

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