Os representantes das Associações da Policia Militar, não concordam com as informações de que, a partir de agora, as negociações entre o governo do estado e a Policia Militar, na questão salarial, seja feita pelo novo comandante da PM, coronel José Carlos Pedroso Assumpção.
Coronel Pedroso disse que cabe ao comandante da corporação gerenciar as negociações, uma vez que, segundo ele, é uma questão de hierarquia e disciplina, porem não é isso que as Associações esperavam do novo comandante. Para o coronel, essa é uma questão que deve ser resolvida entre ele e o governo. “Irei levar as reivindicações de minha tropa e claro que tudo que for bom para ela, também será pra mim que faço parte da corporação”, afirma Pedroso.
Mas não é esse o raciocínio dos lideres da corporação que estão tentando negociar. Um dos representantes dos PMs, disse que para eles, não interessa “os meios” e sim o resultado das negociações e dos acordos. Ele afirma no entanto, que não é justo que o comando assuma as negociações sem ouvir as reivindicações da classe. “Não é possível que nós, como gestores dessas associações e que representamos mais de 4 mil homens, não sejamos ouvidos. Se está acontecendo essa negociação, ainda não fomos procurados”, disse.
Para o sargento Vieira, gestor da Caixa Beneficente e que tem como associados em torno de 4 mil policiais militares, todos estão à espera de um bom resultado, porem segundo ele, “como pode o patrão negociar com o gerente”, disse se referindo ao cargo que o coronel ocupa, ao ser comandante da corporação. “O gerente de uma empresa não tem como exigir as coisas do patrão, alem do mais somos os legítimos representantes”, explica Vieira.
A Assembleia Legislativa formou a Comissão de Segurança, composta de deputados estaduais da oposição e da situação para que os mesmos possam acompanhar de perto todo o processo de negociação entre o governo de Marcelo Déda (PT) e a Polícia Militar. Esta Comissão é quem intermediará as negociações, mas há uma dúvida: quem será o representante da Policia Militar? Será o coronel Pedroso que é o comandante geral da PM, ou será os presidentes das Associações?
Dessa maneira, mais um impasse foi criado no que se refere as reivindicações dos PMs. Caso o comando de fato, não aceite que as associações discutam com o governo as reivindicações, a situação de instabilidade e insegurança dos PMs, devem continuar. Essa será uma queda de braços entre um comandante que cobra hierarquia e disciplina e praticamente o resto da corporação, uma vez que entre todas as associações, são mais de 6 mil PMs.
Fonte: www.faxaju.com.br
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