Capitão Samuel informa aos militares sobre andamento das negociações
Na tarde desta sexta-feira, 26, policiais e bombeiros militares se reuniram em mais uma assembleia geral para discutir o andamento da negociação salarial entre a categoria e o governo do Estado. O encontro foi novamente no Colégio Militar e a expectativa era grande, já que paralelamente à reunião dos praças e oficiais, também estavam reunidos o Comandante Geral da PM, coronel Pedroso, e o secretário da Fazenda, João Andrade, além de assessores.
Antes, pela manhã, lideranças dos militares que integram as Associações Unidas estiveram no Quartel do Comando Geral da PM (QCG) em reunião com o Comandante e o Subcomandante da corporação. Na reunião, tanto o Cel Pedroso quanto o Cel Santiago fizeram questão de deixar os representantes das associações a par da situação de momento.
Lideranças são recebidas no QCG pelo Comando da PMSE
Eles informaram que as negociações tinham avançando em termos de valores, mas que havia surgido um novo entrave, já que o governo propôs uma dilação maior no tempo necessário para o cumprimento da terceira etapa do reajuste, justamente a mais esperada por todos, prorrogando-a até o início de 2011.
Cel Pedroso e Cel Santiago: "A luta é para dignificar a classe como um todo"
Assim como o Comando, as associações também não se agradaram da idéia, motivo pelo qual o Cel Pedroso disse que não teria como adiantar números. Segundo ele, o secretário João Andrade já havia apresentado uma tabela ao Comando, mas diante da resistência ele retirou a proposta e a levou para nova análise na tentativa de atender às expectativas do comando e da tropa, e por consequência os números apresentados poderiam ser alterados a qualquer momento.
À tarde, às 15:00h, mesmo horário da assembleia geral dos militares, houve uma reunião entre o Cel Pedroso e o secretário João Andrade, na qual a expectativa era de fechamento de uma proposta definitiva. Após esse encontro seria marcada uma reunião com o governador Marcelo Déda para que enfim fossem fechados os números e divulgados à classe e à imprensa.
Durante a assembleia dos militares chegou a informação de que a reunião entre secretário e comandante já havia acabado, e que estes estavam se dirigindo para o Palácio de Despachos. A expectativa dos militares aumentou e todos aguardaram até aproximadamente às 18:00h para saberem o resultado da reunião, porém a informação até esse horário foi de que por algum motivo a reunião com o governador não aconteceu, o que fez com que os militares fossem embora sem uma resposta definitiva.
A categoria já marcou uma nova assembleia geral para a próxima quarta-feira, 1° de julho, às 14:00h no Colégio Militar, podendo haver alteração do local para o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
Definições
Até o momento o que se sabe é que o governo deverá mesmo atender a reivindicação dos militares no que diz respeito à carga horária, que deverá ser de 40 horas semanais a partir de 2010, e da exigência de nível superior para ingresso tanto na carreira de oficiais quanto de praças.
Quanto às etapas para o parcelamento do reajuste, tudo indica que a primeira será em julho, com pagamento retroativo ao mês de maio. A segunda etapa deverá ser paga em outubro. Já a terceira que era esperada para março de 2010, agora está indefinida.
Números
Segundo lideranças dos militares não foram divulgados números por conta da negociação ainda estar em aberto. "O que podemos dizer, tendo por fonte o próprio Comandante Geral, é que houve um avanço significativo em relação aos valores que tínhamos como base na semana passada. Como o governo quer dilatar o prazo, a classe já se posicionou e diz que só aceita a dilação de prazo se houver aumento de valores. Cremos que não há nada mais justo", declarou o sargento Araújo, presidente da Asprase e integrante das Associações Unidas.
Sargento Araújo ao lado da Sra. Eliane, representante das esposas dos militares, e dos sargentos Vieira e Prado
Questionado sobre qual seria o salário de um coronel pela atual proposta, o sargento Araújo foi enfático: "Como já dito, a proposta está em aberto e não podemos nos precipitar falando em valores que podem ser alterados. Mas quero dizer que o papel das associações é lutar pelo bem da classe como um todo, e temos uma preocupação especial com a base, pois são os homens da base que estão nas ruas e arriscam suas vidas cotidianamente. Além disso, a posibilidade de um cargo comissionado e de outras regalias para quem está na base é muito menor do que para quem está no topo. No entanto, também é direito do Comando lutar pela valorização do alto escalão, responsável pela administração e pelo planejamento das ações da corporação. Espero apenas que haja bom senso no escalonamento dos valores para que não se crie um abismo entre o topo e a base, e que se lute pelo melhor possível para os nossos soldados. Acredito que isso está sendo feito e que todos nós seremos valorizados", declarou Araújo.
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