Discutir as possíveis formas de integrar as ações de saúde aos profissionais da área de Segurança Pública de Sergipe e disseminar a política estadual de Saúde do Trabalhador que vem sendo implementada pelo Governo do Estado. Com esse objetivo, foi realizado nesta sexta-feira, 28, no auditório do Banese, do I Seminário sobre a Saúde dos Trabalhadores da Segurança Pública de Sergipe.
O evento, realizado durante todo o dia, foi organizado pelo Serviço de Psicologia do Hospital da Polícia Militar (HPM) e o Núcleo de Atenção Psicossocial da PM (NAPS), com o apoio da SES e da Secretaria de Estado da Administração (Sead). Participaram dos debates psicólogos, enfermeiros, psiquiatras, assistentes sociais, além, é claro, de oficiais e praças do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e agentes e delegados da Polícia Civil.
A palestra de abertura ficou a cargo da psiquiatra Ana Raquel Santiago, coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial da SES, que falou sobre o tema 'Saúde Mental do Trabalhador'. Ana Raquel elogiou a iniciativa de se criar espaços de discussão como o seminário para debater a saúde do trabalhador de segurança pública sob o aspecto da abordagem mental. “Na Secretaria de Estado da Saúde temos a experiência dessa abordagem e contamos com serviços especializados, daí a necessidade de levarmos aos profissionais ligados à Segurança Pública a importância que se deve dar à prevenção do sofrimento e da doença mental decorrente do estresse no trabalho”, disse.
A psiquiatra ressaltou o significado desse tipo de abordagem pelo fato de os profissionais da área, tanto policiais militares e civis, quanto bombeiros e aqueles que atuam no Hospital da Polícia Militar, estarem submetidos diariamente a uma elevada carga de estresse. “São profissionais que, historicamente, estão expostos às doenças mentais, que são hoje a segunda causa de afastamento do trabalho no mundo, e a terceira no Brasil”, alertou.
Já o psicólogo João de Deus Gomes da Silva, gerente estadual de Saúde do Trabalhador da SES, apresentou as ações que são desenvolvidas pela pasta voltada para a Vigilância em Saúde do Trabalho e Qualidade de Vida. À tarde, ele também participou de mesa redonda que discutiu a saúde dos trabalhadores que atuam no HPM, defendendo a execução de uma política integrada nesse campo que beneficie os servidores dos diversos órgãos estaduais.
“Precisamos discutir como os diversos núcleos de atendimento ao profissional da Segurança Pública que estão gerenciando as demandas de seus trabalhadores, na perspectiva de podermos ampliar o debate e firmar parcerias para desenvolver uma política integrada, inclusive para outros setores e secretarias estaduais”, defendeu.
De acordo com João de Deus, o seminário também foi uma ótima oportunidade para disseminar as ações de Vigilância à Saúde do Trabalhador implementadas pela SES, como a rede de unidades sentinela, e ainda para esclarecer a importância dessa política para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos servidores.
“Independente do local de trabalho e do produto ou serviço que se oferece à sociedade, só é possível fazer isso com qualidade se estivermos atentos às necessidades dos profissionais, tanto físicas quanto psicológicas”, disse o psicólogo. Segundo ele, para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, é preciso também um olhar sobre os aspectos ambientais, e não apenas àqueles relacionados à gestão de recursos humanos. “Não se pode exigir qualidade num serviço, se as pessoas não estiverem em boas condições psicológicas e materiais em seu local de trabalho”, justificou.
Segundo o sargento Edmilson Bispo Santos, a ideia do seminário é também chamar a atenção de comandantes e subcomandantes para lidar melhor com questões relativas a doenças de seus subordinados. "Apenas transferir o militar que está com problemas não resolve a situação. É preciso levar em consideração o sofrimento da família que há por trás de cada caso”, destacou Bispo, organizador do evento e psicólogo especialista em Saúde Mental Coletiva do HPM.
A iniciativa, explica Edmilson, é inédita em Sergipe. "Essa foi a primeira vez que se abriu um espaço para discutir a saúde mental naquela que é uma das atividades mais estressantes do mundo e que mais leva às doenças e à morte. Pudemos traçar aqui algumas, de forma produtiva, estratégias de promoção de saúde no ambiente de trabalho da segurança pública", explicou o sargento-psicólogo.
Fonte: PMSE
O evento, realizado durante todo o dia, foi organizado pelo Serviço de Psicologia do Hospital da Polícia Militar (HPM) e o Núcleo de Atenção Psicossocial da PM (NAPS), com o apoio da SES e da Secretaria de Estado da Administração (Sead). Participaram dos debates psicólogos, enfermeiros, psiquiatras, assistentes sociais, além, é claro, de oficiais e praças do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e agentes e delegados da Polícia Civil.
A palestra de abertura ficou a cargo da psiquiatra Ana Raquel Santiago, coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial da SES, que falou sobre o tema 'Saúde Mental do Trabalhador'. Ana Raquel elogiou a iniciativa de se criar espaços de discussão como o seminário para debater a saúde do trabalhador de segurança pública sob o aspecto da abordagem mental. “Na Secretaria de Estado da Saúde temos a experiência dessa abordagem e contamos com serviços especializados, daí a necessidade de levarmos aos profissionais ligados à Segurança Pública a importância que se deve dar à prevenção do sofrimento e da doença mental decorrente do estresse no trabalho”, disse.
A psiquiatra ressaltou o significado desse tipo de abordagem pelo fato de os profissionais da área, tanto policiais militares e civis, quanto bombeiros e aqueles que atuam no Hospital da Polícia Militar, estarem submetidos diariamente a uma elevada carga de estresse. “São profissionais que, historicamente, estão expostos às doenças mentais, que são hoje a segunda causa de afastamento do trabalho no mundo, e a terceira no Brasil”, alertou.
Já o psicólogo João de Deus Gomes da Silva, gerente estadual de Saúde do Trabalhador da SES, apresentou as ações que são desenvolvidas pela pasta voltada para a Vigilância em Saúde do Trabalho e Qualidade de Vida. À tarde, ele também participou de mesa redonda que discutiu a saúde dos trabalhadores que atuam no HPM, defendendo a execução de uma política integrada nesse campo que beneficie os servidores dos diversos órgãos estaduais.
“Precisamos discutir como os diversos núcleos de atendimento ao profissional da Segurança Pública que estão gerenciando as demandas de seus trabalhadores, na perspectiva de podermos ampliar o debate e firmar parcerias para desenvolver uma política integrada, inclusive para outros setores e secretarias estaduais”, defendeu.
De acordo com João de Deus, o seminário também foi uma ótima oportunidade para disseminar as ações de Vigilância à Saúde do Trabalhador implementadas pela SES, como a rede de unidades sentinela, e ainda para esclarecer a importância dessa política para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos servidores.
“Independente do local de trabalho e do produto ou serviço que se oferece à sociedade, só é possível fazer isso com qualidade se estivermos atentos às necessidades dos profissionais, tanto físicas quanto psicológicas”, disse o psicólogo. Segundo ele, para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, é preciso também um olhar sobre os aspectos ambientais, e não apenas àqueles relacionados à gestão de recursos humanos. “Não se pode exigir qualidade num serviço, se as pessoas não estiverem em boas condições psicológicas e materiais em seu local de trabalho”, justificou.
Segundo o sargento Edmilson Bispo Santos, a ideia do seminário é também chamar a atenção de comandantes e subcomandantes para lidar melhor com questões relativas a doenças de seus subordinados. "Apenas transferir o militar que está com problemas não resolve a situação. É preciso levar em consideração o sofrimento da família que há por trás de cada caso”, destacou Bispo, organizador do evento e psicólogo especialista em Saúde Mental Coletiva do HPM.
A iniciativa, explica Edmilson, é inédita em Sergipe. "Essa foi a primeira vez que se abriu um espaço para discutir a saúde mental naquela que é uma das atividades mais estressantes do mundo e que mais leva às doenças e à morte. Pudemos traçar aqui algumas, de forma produtiva, estratégias de promoção de saúde no ambiente de trabalho da segurança pública", explicou o sargento-psicólogo.
Fonte: PMSE
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