quinta-feira, 22 de outubro de 2009

RJ: PM admite erro na morte do coordenador do AfroReggae

O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Mário Sérgio Duarte, admitiu que a polícia errou no episódio em que o coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, foi assassinado, em um assalto na madrugada de domingo. "É ruim saber que os policiais erraram. Eles são preparados para agir nas situações mais difíceis, e agir na repressão ao delito é o que se espera deles. A PM errou, trabalhou mal. Temos que ser maduros e profissionais para admitir o erro. É imperativo pedir desculpas", afirmou o comandante, que disse estar solidário à família de Evandro.

Os criminosos atiraram no coordenador do grupo cultural depois de roubar o par de tênis e o casaco dele. Eles foram detidos por policiais do 13.º Batalhão, da Praça Tiradentes, mas acabaram liberados depois de entregar os objetos aos PMs. Os policiais não prestaram socorro a Evandro.

O coronel Mário Sérgio Duarte divulgou o nome dos agentes: o capitão Denis Leonardi Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles. Eles ficarão detidos no 13.º Batalhão até sábado ou podem continuar presos caso a Justiça determina a prisão preventiva dos dois acusados. O capitão era o supervisor do patrulhamento do batalhão naquela noite. Ele e o cabo abandonaram a ocorrência. Outra equipe assumiu o caso.

Fonte: G1
NOTA: Depois de dias de confrontos entre traficantes e PMs no Rio de Janeiro, que culminaram com a morte de dezenove pessoas, inclusive três policiais militares que se encontravam no helicóptero da PM abatido por traficantes, o que provocou a comoção de toda a tropa, a PM carioca se vê envolvida em um episódio lamentável. É triste, porém necessário admitir que os dois policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na morte do coordenador do AfroReggae, Evandro da Silva, cometeram um erro gravíssimo, pondo em xeque a imagem não só de sua corporação, mas de toda a classe policial militar. O Comando da PM afirma que adotará as providências cabíveis ao caso, devendo obviamente garantir o direito de defesa dos dois policiais. Fica aqui a nossa defesa à classe policial militar brasileira, que em sua maioria é composta por homens e mulheres que envergam com orgulho a sua farda, arriscando as suas vidas em defesa da sociedade.

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