quinta-feira, 29 de abril de 2010

Entidades religiosas discutem crack no MPE

Em reunião no Ministério Público Estadual, foram discutidos os efeitos da droga


Médicos mostraram os efeitos do crack Foto: Portal Infonet

Na manhã desta quarta-feira, 28, a promotora da Infância e Adolescência do Ministério Público Estadual (MPE), Miriam Teresa, realizou reunião com representantes de entidades religiosas para tratar do combate às drogas. Em pauta, os efeitos do crack na vida de famílias devastadas pela droga.

De acordo com a promotora Miriam Teresa, o Ministério Público está atuando com duas frentes: o poder público e a integração entre Secretarias da Educação, Assistência Social e Saúde.

“Além dessas redes estamos realizando esse trabalho com os grupos religiosos para prevenir e combater as drogas junto aos jovens e à família. Convocamos os grupos religiosos porque eles têm um alcance maior na comunidade, além disse estamos fazendo esse trabalho para colocar jovem trabalhando com jovem, porque causa um impacto maior”, explica à promotora.

Segundo o médico Antônio Lima Júnior, os efeitos do crack são devastadores. “O crack alcança o pulmão, que é um órgão intensivamente vascularizado e com grande superfície, levando a uma absorção instantânea. Através do pulmão, cai quase imediatamente na circulação cerebral chegando rapidamente ao cérebro”, afirmou.

Antônio Lima destacou que a droga tem efeito muito rápido. “Em 10 a 15 segundos os primeiros efeitos já ocorrem, essa característica faz do crack uma droga "poderosa" do ponto de vista do usuário, já que o prazer acontece quase que instantaneamente após uma "pipada". Porém, a duração dos efeitos do crack é muito rápida. Em média duram em torno de 5 minutos, essa pouca duração dos efeitos faz com que o usuário volte a utilizar a droga com mais freqüência que as outras vias praticamente de 5 em 5 minutos”, alerta.

Miriam Teresa destaca que a falta de leitos para internação de pacientes em estado grave será alvo de uma intervenção do Ministério Público. “A porta de entrada desses jovens é o Hospital São José que possui apenas dois leitos disponíveis para internação, acredito que esse número seja insuficiente para atender a população, mas estou reunida com médicos para entender as necessidades do tratamento para depois em conjunto com a promotoria da saúde tomar uma providência”, relata.

Seminário

No inicio de agosto, ainda sem data marcada, foi agendado um seminário onde os grupos farão um trabalho voltado para os jovens e a família.

Fonte: Portal Infonet

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