segunda-feira, 5 de julho de 2010

Agentes sócioeducativos: uma categoria sem horário

De um agente de segurança socioeducativo cansado de horários indefinidos

Toda classe trabalhista tem um horário de trabalho definido. Nós não temos o nosso. No terceiro ano de exercício de nossas funções estamos nos encaminhando (talvez) para o terceiro horário diferente. No princípio era 12/36. Brigamos, matamos, morremos. Conquistamos o regime de horas 24/72. Novamente brigamos, matamos e morremos, agora pelas horas extras deste horário tão cobiçado. Sem querer, então, levamos ao conhecimento da Justiça a existência da famosa escala, que de pronto foi considerada desumana pelos Magistrados. Estes, por sua vez, solicitaram mudança com urgência. “E agora, José?” Vais trabalhar 12/36, 24/72, 12/48 ou 8h diárias? “Só sei que nada sei.” Até quando não saberemos?

Quem decidir seguir a carreira de Agente de Segurança Socioeducativo até a velhice poderá presenciar amargamente 70x7 mudanças de seu horário de trabalho. Será esta a nossa clausura? Como disse o pensador: “A gente muda o mundo com a mudança da mente”. Caso contrário, só nos resta “dançar um tango argentino”, ou perseguir a mudança do Regime Jurídico para o Estatutário, que, além de nos trazer algumas vantagens pecuniárias, poderá nos conduzir de volta ao Éden da Jornada 24/72, paraíso desfrutado por policiais civis, militares, agentes prisionais e outros. E se isso não for possível, que venha uma outra escala, mas que venha para ficar. Quem sabe assim poderei dizer finalmente a todos que hoje me indagam: “Eu tenho um horário de trabalho definido, definitivamente...”

Fonte: Blog do Agentes de Medidas Socieducativas (http://agentesdeseguranca.blogspot.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares