quinta-feira, 1 de julho de 2010

Descentralização do Samu 192 Sergipe garante atendimento rápido aos usuários

Serviço cresceu de forma exponencial nos últimos anos

Edvaldo Santos, superintendente do Samu 192 Sergipe / Foto: Márcio Garcez/SES

O esforço de reconstruir a Saúde de Sergipe começou ainda em 2007, quando o Governo do Estado traçou o projeto ‘Saúde Toda Vida’. Um dos pilares deste novo modelo perpassava pela garantia de uma assistência pré-hospitalar mais ágil. A agilidade chegou com o patamar de 36 bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) para atender a 74 municípios. Ou seja, é como se cada base precisasse dar assistência a somente 2,05 cidades.

Em 1º de janeiro de 2007, o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel contava com 163 funcionários, 11 Unidades de Suporte Básico (USB) e sete de Suporte Avançado (USA). Já no final do mesmo ano, o Samu tinha à disposição 229 servidores e um total de R$ 9.883.634,81 destinados ao serviço.

“As viaturas se concentravam apenas em algumas cidades com maior densidade populacional, o que deixava grandes vazios geográficos sem atendimento ágil. Nesta época, o tempo resposta era muito alto”, lembra o superintendente do Samu 192 Sergipe, Edvaldo Santos, médico concursado do serviço desde 2006.

A partir de 2008, o modelo geocêntrico foi instalado e 36 cidades do interior passaram a contar com o serviço. “As viaturas começaram a ficar mais próximas e os vazios geográficos deixaram de existir. Com isso, conseguimos diminuir muito o tempo resposta. Hoje, seguramente, atendemos em 15 minutos e, nos casos extremos, em 20 minutos. Isso é um ótimo tempo resposta para um Samu regional, pois o Ministério da Saúde prevê que esse tempo seja de até meia hora”, relata Edvaldo Santos.

O superintendente também explicou que todas as ligações são gravadas e tudo o que é digitado fica registrado na ficha de ocorrência, que não tem como ser alterada. “Ninguém tem como manipular os dados que estão gravados. Ficam armazenados em um servidor que ninguém tem acesso. Nele, existem alguns códigos fontes que não são liberados pelo MS. O gestor estadual só tem acesso para produzir relatórios”, destaca.

A funcionária pública Cleonildes Vieira dos Santos bem sabe a importância das bases descentralizadas. Seu filho José Glaudiston, de 28 anos, sofreu um acidente enquanto dirigia um caminhão. “Foi depois do povoado Algodão e antes da cidade de Nossa Senhora da Glória”, lembra a mãe. Segundo ela, Glaudiston estava na mão certa, quando o outro veículo invadiu a pista.

“O outro motorista estava bêbado. Na curva, ele invadiu a contramão e bateu no caminhão do meu filho. O pessoal que morava perto acionou o Samu, que chegou em dez minutos”, conta Cleonildes. José Glaudiston ficou preso nas ferragens durante quatro horas e meia. “Mas, durante todo tempo a equipe do Samu deu suporte. Se não fosse o atendimento rápido, acho que meu filho não teria sobrevivido”.

Mais números

Atualmente, o Samu 192 Sergipe conta com 675 profissionais. O número significa um aumento de 194,75% nesses três anos e meio. Além disso, diversos outros investimentos foram realizados. Em 2008, por exemplo, foram destinados R$ 20.662.813,93 para o serviço. Boa parte deste recurso se deu para a compra de materiais e equipamentos para as novas bases. No ano passado, os recursos destinados chegaram a R$ 12.769.172,52 – quase 30% a mais que em 2007.

Outro avanço foi a forma de contratação. “Tínhamos uma precarização muito grande dos vínculos de trabalho, principalmente dos médicos. O concurso que foi feito em 2006 previa a contratação do pessoal, mas não houve uma procura grande de médicos. Quando em 2008 começamos a mostrar o que era o Samu, os profissionais começaram a procurar. Em 2009, com o concurso da Fundação Hospitalar de Saúde [FHS], conseguimos melhorar esse quadro”, destaca Edvaldo Santos ao lembrar que cada viatura necessita de sete médicos para fechar a escala.

Mas, não foram somente os investimentos que aumentaram. Este ano, a expectativa é que o número de ligações aumente em mais de 30%. “Todas as vezes que inauguramos uma base aumentamos muito o número de chamados. As pessoas que antes achavam que não tinham direito ao serviço começam a conhecer. Fazemos, inclusive, blitze educativas mostrando o que é o serviço”, conta o superintendente do Samu.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Um comentário:

  1. Olá, blogueiro!
    O SAMU e as Unidades de Pronto Atendimento – UPAS 24h estão unidos para aprimorar o atendimento de saúde para todos os cidadãos brasileiros.

    O SAMU fará o primeiro atendimento ao paciente, que será encaminhado às UPAS 24h para ser tratado de acordo com a gravidade do seu caso. Toda UPA 24h tem consultórios de pediatria, clínica médica, odontologia, além de laboratórios e salas de raios-X. Também conta com leitos de observação para crianças e adultos, com o objetivo de estabilizar pacientes mais graves até serem levados a um hospital.

    Mais informações: comunicacao@saude.gov.br
    Obrigada,
    Ministério da Saúde

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