quinta-feira, 7 de outubro de 2010

‘Corpo de Bombeiros nunca esteve sucateado’, diz o comandante Nailson Santos

O comandante diz que enfrenta falta de efetivo e problemas de estrutura nos quartéis, mas destaca que nos últimos quatro anos o Corpo de Bombeiros recebeu R$ 13 milhões de investimentos

Após enfrentar duras críticas sobre mangueira furada, falta de escada magirus ou mecânica e de ter sido alvo de inspeção por parte do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE), o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Nailson Santos, recebeu a equipe do Portal Infonet e não escondeu que ficou chateado por ter recebido o relatório do tribunal por setores da imprensa.

“Em relação ao relatório, faz parte da responsabilidade do Ministério Público e do Tribunal de Contas propor, sugerir e exigir que fosse feito essa avaliação. O que causou estranheza foi a exposição pública, onde setores da imprensa tiveram acesso ao relatório antes mesmo deste comando”, diz o comandante, que caracteriza a exposição negativa com que foi colocada a instituição.

“Não tive como me defender porque quando alguns setores privilegiados da imprensa me ligaram não tinha conhecimento dos aspectos do relatório. Então houve uma exposição negativa, e não foram explorados os aspectos positivos que há dentro do relatório. O relatório hoje é publico e está à disposição da sociedade para que todos possam ver que o Corpo de Bombeiros não é aquele caos. Pelo que foi exposto eu teria que fechar as portas e acabar com o serviço de Bombeiros do Estado”, salienta.

Investimentos

No comando do Corpo de Bombeiros há mais de dois anos, o coronel ressalta que a corporação tem passado por um processo de transformação nos últimos anos e que os investimentos recebidos nos últimos quatro anos superaram os últimos 20. “Nesses tempo o Corpo de Bombeiros nunca recebeu um volume de investimentos como tem recebido. Nós estamos na casa de R$ 13 milhões de investimentos em equipamentos, viaturas e melhorias das instalações. Nós sabemos as dificuldades, mas estamos trabalhando para mudar essa realidade. O que posso garantir é que estamos implantando um planejamento estratégico que a sociedade logo, logo verá”, enfatiza o coronel, que se refere às novas viaturas e melhorias na estrutura de várias unidades.

“As mudanças já começaram principalmente com as novas viaturas, nós estamos com cinco carros modernos de combate a incêndio, uma carreta com capacidade para carregar 48 mil litros de água. Para se ter uma idéia em todos os carros que nós tínhamos antes desse investimento cabiam 38 mil e 500 litros de água, isso nas quatro unidades. Aumentamos de 38 mil e 500 para mais 73 mil litros de água de combate a incêndios”, afirma.

Efetivo

Com apenas 660 bombeiros para todo o Estado, o coronel reconhece que falta efetivo para atender às demandas da corporação. “Nós precisamos, e isso aí passa por uma questão governamental. Sobre a melhoria do nosso efetivo, que é realmente pequeno, o governador tem ciência. A previsão de efetivo é de 1194, mas atuamos com 660 e mais uns 20 aguardando a reserva”, reconhece.

Incêndios

O comandante lembra que a falta de observação as normas de segurança, principalmente por parte de comerciantes, ocasiona incêndios como o que foi noticiado pelo Portal Infonet no dia 23 de julho deste ano quando um depósito foi completamente destruído pelo fogo. “Ali era um depósito clandestino. Não sei se existia autorização da prefeitura para funcionar, mas no Corpo de Bombeiros não tinha atestado de regularidade para o funcionamento. A legislação de incêndio do nosso Estado é nova, trata de 10 anos, e nós estamos buscando melhorias nessa questão das vistorias e da parte técnica. O que nós temos feito é uma vistoria geral, convidando esses empresários, inclusive sensibilizando eles do risco que o próprio comércio tem em não atender às regras de segurança. Existe um erro muito comum no comércio em Sergipe que é juntar a parte de vendas com o almoxarifado”, alerta o coronel.

Quartel de Estância

O comandante é enfático ao afirmar que fará a reforma da unidade, mesmo sem saber qual será o destino do prédio. “Esse quartel já estava no meu planejamento, com o orçamento para fazer as intervenções. Agora realmente vou ter que fazer a reforma, independente do que vier a acontecer - como a ampliação da BR 101 - porque não vou deixar os meus bombeiros da forma como estavam e nem posso fechar o quartel da cidade de Estância porque uma vez você chegou à cidade não tem como sair mais”, pontua.

Fonte: Portal Infonet

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