O secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, anunciou na tarde desta quinta-feira que o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), determinou a revisão de todas as promoções na Polícia Militar concedidas durante o período que está sendo investigado na Operação Sexto Mandamento, da Polícia Federal, que busca, há pelo menos um ano, desmantelar grupos de extermínio atuantes em Goiás.
Para João Furtado, a iniciativa busca esclarecer possíveis suspeitas de irregularidades e influência política nas últimas promoções concedidas na administração estadual anterior a policiais militares. "Vamos checar se as promoções cumpriram o devido processo de promoção e se cumpriram a lei", disse o secretário.
Dois ex-secretários de governo, Ernesto Roller (PP) e Jorcelino Braga (PP), da Segurança Pública e da Fazenda, respectivamente, estão sendo investigados pela PF e prestaram depoimento na terça-feira, dia em que a PF prendeu 19 PMs, de várias patentes, sob a acusação de participarem de grupo de extermínio. Os ex-secretários negaram envolvimento no caso.
João Furtado ainda afirmou que uma comissão foi criada para reestruturar o modelo atual de promoção dentro da PM de Goiás.
O Estado também criou uma outra comissão que terá 60 dias para apresentar um levantamento completo das investigações referentes às vítimas do grupo de extermínio, integrado por policiais militares. Estimativas da PF indicam que cerca de 40 pessoas desapareceram após abordagens policiais no Estado.
A Comissão Especial de Defesa da Cidadania é constituída por membros do governo e de instituições civis, mas não terá caráter investigativo. "Esse papel é das polícias federal, civil e militar", assinalou Furtado.
Mirelle Irene
Direto de Goiânia
Fonte: Portal Terra
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