Cansados de esperar por uma resposta do governo e indignados com a decisão do governador Marcelo Déda de mais uma vez promover um tratamento desigual dentro da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os policiais e bombeiros militares prometem retomar a mobilização em busca de tratamento igualitário e do cumprimento de promessas do governo.
Amanhã a categoria deve comparecer à Assembleia Legislativa a partir das 09h da manhã, para acompanhar a votação do projeto de lei que reajusta os salários dos servidores públicos e demonstrar a indignação da classe com a forma diferenciada como o governo vem tratando os servidores da segurança pública.
Para piorar, dessa vez a indignação não atinge apenas a base da corporação, composta pelos praças. Hoje à tarde um grupo de oficiais superiores se reuniu e ao que tudo indica, se o governo não der atenção aos pleitos da classe, o policiamento nos festejos juninos pode ficar seriamente comprometido, o que não seria nada interessante para um estado que acabou de divulgar o São João de Sergipe na última BNTM (Brazil National Tourism Mart), evento turistico de alcance internacional realizado recentemente em Natal.
"Não suportamos mais esse tratamento diferenciado dispensado aos militares. Somos uma categoria que presta um serviço essencial ao nosso povo, integramos uma instituição importante, arriscamos nossas vidas para proteger a sociedade, mas o governo não se sensibiliza com nada disso. Ao contrário, promove cada vez mais distinções dentro da SSP e cria uma cisão entre os servidores. Queremos apenas valorização e não estamos sendo valorizados", declarou o sargento Anderson Araújo, presidente da Asprase. "E antes que alguém nos critique, quero dizer que não estamos preocupados com o tamanho do reajuste dos delegados. Nossa preocupação é que o governo trate os servidores da segurança pública com igualdade", complementou.
No próximo dia 02 de junho, a partir das 14h, os militares se reunirão em nova assembleia geral unificada da categoria, realizada pelas Associações Unidas. A reunião acontecerá na quadra do Colégio Militar de Sergipe e foi decidida em reunião ocorrida hoje à tarde entre os representantes das associações. Na assembleia a classe deliberará pela realização de uma passeata e definirá os próximos passos para cobrar do governo o atendimento das suas reivindicações.
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