sábado, 4 de junho de 2011

Governo dá sinais de que militares enfrentarão muita dificuldade para conquistar novos avanços

O discurso de autoridades importantes que compõem o Governo de Sergipe nos últimos dias demonstra o quanto será difícil para os militares conquistar novos avanços neste governo. Na última quinta-feira, durante mais uma edição do NósnoCabaré.comConvidados, uma sabatina organizada por jornalistas onde são entrevistadas autoridades e personalidades do nosso Estado, o vice-governador Jackson Barreto, em resposta a uma pergunta feita pelo presidente da Asprase, sargento Anderson Araújo, deixou claro que o governo não dará prioridade às reivindicações dos militares.
Na mesma linha de discurso, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT), disse em entrevista em um programa de rádio nesta sexta-feira que a prioridade do governo será atender as categorias que ainda não foram contempladas com melhores salários.
No Cabaré.com, após ser questionado sobre a onda de mobilizações de servidores públicos em Sergipe, Jackson disse que o governo deseja atender a todos, mas não pode fazê-lo ao mesmo tempo. Ele citou então exemplos de categorias que já teriam sido contempladas pelo governo, como a Polícia Militar. JB disse que recentemente o governo de Pernambuco garantiu aos PM's um reajuste onde em 2014, o soldado da PMPE estaria ganhando 70% do que ganha um soldado da PMSE.
Foi então que o sargento Araújo se inscreveu para fazer uma pergunta ao vice-governador. Ele lembrou que recentemente os delegados haviam se mobilizado e conquistado um reajuste diferenciado, após abandonarem as delegacias de 21 municípios do interior sergipano, sem terem sofrido qualquer tipo de pressão do governo ou retaliação pelo ato de abandonarem estes municípios. Araújo lembrou também que hoje o maior anseio dos militares em Sergipe é o tratamento igualitário na SSP e a equiparação salarial com a Polícia Civil, como ocorreu em Pernambuco, Estado citado como exemplo por JB. Após os lembretes, o sargento Araújo perguntou a Jackson se o tratamento dado aos militares que estão mobilizados pedindo ao governo o atendimento de algumas reivindicações da categoria, será o mesmo tratamento que foi dado aos delegados da Polícia Civil, sem pressões nem retaliações, e perguntou também se os militares ainda poderiam esperar deste governo a tão sonhada equiparação salarial com a PC.
A resposta de Jackson Barreto foi de que nos próximos três anos o governo dará prioridades às categorias que ainda não foram contempladas, principalmente em termos salariais, o que para o governo, claramente, não é o caso da Polícia Militar. Jackson disse que por conta disso, não é possível prometer aos militares que haverá equiparação salarial com a Polícia Civil até o fim do governo. Quanto a possíveis pressões ou retaliações contra os militares, JB não deu resposta.
Instigado pela jornalista Eliz Moura a comentar a declaração dada pelo deputado estadual capitão Samuel (PSL), que afirmou não ter mais "saco" para aguentar a enrolação do governo, Jackson ironizou:"O saco de Samuel é problema dele".
Para o sargento Araújo a resposta de Jackson não surpreendeu. "Minha ideia era provocar o vice-governador, a quem muito respeito, para saber como o governo está vendo nossa mobilização e o que podemos esperar, e a resposta de Jackson infelizmente não me surpreendeu em nada", disse o sargento.
Hoje pela manhã, ao participar do programa Fala Segurança na Rádio Jornal AM 540, Araújo conclamou os militares a abraçarem e cumprirem as decisões tomadas pela categoria na assembleia geral do último dia 2, quinta-feira. Para ele está claro que a categoria enfrentará dificuldades para conquistar os benefícios que estão pleiteando e se não houver luta não haverá conquistas.
Araújo disse compreender que o governo priorize outras categorias em relação a salários, mas afirmou que o governo se faz de desentendido em relação aos pedidos dos militares. "Não estamos pedindo aumento de salário, isso está mais do que claro. Estamos pedindo apenas que assim como cumpriu sua palavra com os delegados, o governo também cumpra a palavra dada aos militares, definindo nossa carga horária, incluindo o nível superior como requisito para acesso às carreiras, aprovando nossa LOB (Lei de Organização Básica) e discutindo os demais pontos da nossa pauta de reivindicações. Será que é pedir demais?", questiona Araújo.
Os militares permanecem mobilizados e realizam novos atos nos dias 8 e 13 de junho, ambos na Praça Fausto Cardoso.

Leia matéria completa sobre a participação de Jackson Barreto na sabatina do Cabaré.com no site Bella Máfia.

Um comentário:

  1. quem mamndou votar em deda? eu avisei que nao ia prestar. vamos dar o troco e colocar joao na prefeitura.

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