Na manhã de hoje policiais e bombeiros militares realizaram um ato público na Praça Fausto Cardoso, Centro de Aracaju, em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE). Durante a manifestação que mobilizou a categoria, foi servido um café da manhã promovido pelas Associações Unidas.
O objetivo do ato dos militares foi reivindicar mais uma vez que o Governo do Estado atenda a categoria, negocie as reivindicações e cumpra as promessas que foram feitas, como a definição da carga horária e a aprovação da LOB (Lei de Organização Básica). Os militares se mostraram insatisfeitos com as palavras do governador Marcelo Déda em entrevista concedida à imprensa, onde o mesmo afirmou que os servidores públicos estão tendo inveja uns dos outros porque esse ou aquele ganha mais. Déda foi enfático ao dizer que não há mais o que negociar sobre salários com nenhuma categoria, e afirmou que o "poço" secou.
Em suas falas os militares também foram firmes e foram de encontro às palavras do governador. O deputado estadual capitão Samuel, que mais uma vez esteve presente em um ato promovido pela categoria que o ajudou a se eleger, afirmou que enquanto o governo não receber os militares e negociar com a categoria, ele não votará mais nada na ALESE.
Já o presidente da Asprase, sargento Araújo, afirmou em seu discurso que se o "poço" secou, como disse o governador, não foram os servidores públicos que o esvaziaram, e não são eles que terão que dar conta de onde foi parar a "água do poço". Araújo disse ainda que se o governador pensa que os militares estão pedindo aumento salarial, essa é a maior prova do descaso do governo para com os militares. "Entregamos nossa pauta de reivindicações ao subsecretário Chico Buchinho e não consta nela nenhum pedido de reajuste salarial. Se o governador está pensando o contrário, esta é a prova de que estão nos enganando e de que nossa pauta não foi passada para ele pelo subsecretário", disse Araújo.
O sargento Alexandre Prado, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPM), disse que é injusto o militar não ter uma carga horária definida que lhe permita usufruir livremente de sua folga. "Somos pais e mães, esposos e esposas, filhos e filhas, e merecemos ter nossas horas de folga para ter lazer e convívio com nossas famílias", disse o sargento. Prado concitou os companheiros a se unirem nesse momento de luta e a dizerem não à "escravidão".
Os militares se mantêm mobilizados e prometem ocupar novamente a Praça Fausto Cardoso no próximo dia 13, segunda-feira, para uma nova assembleia geral da categoria a partir das 14 horas. Se até lá o governo não tiver aberto o diálogo com a classe, os militares poderão deliberar sobre novas posturar a adotar durante os festejos juninos, principalmente na capital.
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