segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pessoas se aglomeram em Copacabana para passeata dos bombeiros

Bombeiros pedem reajuste salarial, anistia geral (criminal e administrativa) e a votação da PEC 300
Foto: Luiz Gomes/Futura Press

Dezenas de pessoas começam a se aglomerar na Praia de Copacabana neste domingo para mais uma manifestação por melhores salários e agora também pela anistia dos militares, que foram libertados no sábado. Centenas de pessoas devem se encontrar em frente ao Hotel Copacabana Palace, zona sul do Rio de Janeiro.

Confira o salário dos bombeiros em cada Estado do País

Na areia da praia, foram colocados 439 balões vermelhos, representando os presos. A cantora Alcione está participará do movimento, assim como bombeiros da Argentina e de outros estados do País. As pessoas vestem vermelho e alguns moradores da orla penduraram faixas vermelhas nas janelas, demonstrando apoio.

Ontem, os mais de 400 bombeiros foram soltos, após uma semana presos no Quartel Central de Charitas, em Niterói, região metropolitana do Rio. Eles foram presos depois que ocuparam, ao lado de familiares, o Quartel Central da corporação, no Centro, no último dia 3.

Os bombeiros presos foram autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de 2 a 10 anos de prisão. Por isso, agora, eles lutam para conseguir anistias criminal e administrativa.

Bombeiros na cadeia
Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. O Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu o local e prendeu 439 bombeiros. Eles respondem pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro).

Os bombeiros prosseguem com os protestos, e acamparam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) até que os detidos começaram a ser libertados, em 10 de junho. Eles não aceitam a proposta de reajuste de 5,58% oferecida pelo Estado e pedem ainda a anistia geral (criminal e administrativa) dos bombeiros presos.

A situação vinha se tornando tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Os profissionais fluminenses recebem cerca de R$ 950 por mês.

Fonte: Portal Terra


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