O intuito do sindicato é promover o debate com os representantes da SSP e setores da sociedade civil acerca da Lei Orgânica da Polícia
Os sindicalizados se reuniram na Praça Tobias Barreto (Fotos: Portal Infonet)
Integrantes do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol) realizaram nesta quarta-feira, 5, um café da manhã na Praça Tobias Barreto, em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O intuito do sindicato é promover o debate com os representantes da SSP e setores da sociedade civil acerca da Lei Orgânica da Polícia, que de acordo com Antônio Moraes, presidente do Sinpol, é elaborada sem um debate aberto com a categoria.
“Nós fazemos parte de um órgão que é de interesse público e a Lei Orgânica é a responsável pela organização da polícia. A sociedade tem o direito e o dever de participar desse debate, pois o cidadão que não conhece o funcionamento de sua polícia, não tem como cobrar que os serviços prestados por ela sejam feitos da forma correta”, argumenta o presidente do Sinpol. Antônio Moraes diz que o objetivo da categoria é esse, fomentar o debate com a população.
O presidente do sindicato diz que é necessário ouvir os policiais na elaboração da lei, para que o texto facilite o trabalho dos policiais civis. “Hoje as delegacias são divididas em capital e interior e fazem os trabalhos de atendimento ao público e investigação, e por isso as investigações ficam sempre engavetadas, já que os serviços de atendimento não podem parar”.
Antonio Moraes defende a participação da sociedade no debate
Entre os pontos defendidos pelo sindicato para a Lei Orgânica, está uma nova forma de divisão dos trabalhos da polícia. Para Antônio Moraes é necessária a existência da polícia comunitária, voltada ao atendimento de boletins de ocorrências e a polícia especializada, voltada para o trabalho investigativo. “Outra coisa de extrema necessidade é a equiparação do perito com os delegados. Hoje a perícia tem dificuldade para conseguir negociar salários e obter recursos, pois não é uma categoria definida”, argumenta o presidente do Sinpol.
A respeito do efetivo policial que atua no estado, Antonio Moraes diz que antes de se pensar em concurso público, é necessário estudar o funcionamento atual da polícia. “É necessário conhecer nossa proposta, para debater e ver quais as melhores soluções para os problemas da polícia, que podem não ser o que nós pedimos, mas isso só será definido com debate”.
Por Caio Guimarães e Aldaci de Souza
Fonte: Infonet
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