O deputado capitão Samuel participou da caminhada e respondeu a críticas de companheiros
Aconteceu na tarde desta quarta-feira, 14, a caminhada dos policiais e bombeiros militares pela valorização da categoria. Os militares lutam junto ao Governo do Estado pela aprovação da nova Lei de Organização Básica (LOB), definição da carga horária, exigência de nível superior para ingresso na carreira e ticket-alimentação.
A categoria tem se mostrado cansada e descrente diante das promessas não cumpridas pelo governo. Desde 2009, quando os militares realizaram pela primeira vez o movimento Tolerância Zero, foi prometido pelo governo resolver a questão da carga horária, por exemplo, o que até hoje não foi feito.
Já este ano os militares ameaçaram não cumprir as escalas extras durante os festejos juninos cobrando do governo a aprovação da LOB e o atendimento de outras reivindicações. Temendo que a categoria cumprisse o anunciado, o governo solicitou um voto de confiança e pediu que fosse formada uma comissão mista com representantes de associações e da Polícia Militar para que elaborassem os projetos de lei que a categoria desejava, prometendo encaminhar esses projetos à Assembleia Legislativa. O trabalho foi desenvolvido pela comissão e o governo acumulou em seu curriculum mais uma promessa não cumprida, o que irritou ainda mais os militares.
A caminhada desta quarta-feira foi o último ato programado no calendário elaborado por algumas das associações que representam a categoria.
Capitão Samuel
O deputado estadual capitão Samuel (PSL), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, também participou do ato. Ele chegou acompanhado do deputado Zé Franco, que também faz parte da Comissão de Segurança da ALESE e também foi apoiar os militares. Criticado por um militar que disse achar a atuação parlamentar do deputado tímida, Samuel rebateu com um questionamento: "Nós elegemos o que? Um deputado ou um governador? Nós vamos chegar lá, mas por enquanto nós apenas elegemos um deputado?", disse o capitão Samuel explicando as limitações da atuação de um parlamentar.
Segundo Samuel, tanto faz ser ele como qualquer outro militar na ALESE, pois as limitações serão as mesmas. "Eu não posso apresentar projeto de Lei para os militares, só quem pode é o governador. Eu posso apresentar indicações e apresentei todas em favor da categoria, mas depende do governo mandar o projeto para a Assembleia para nós podermos votar", explicou.
O deputado também disse ficar triste quando ouve um militar dizer que ele não está fazendo nada na ALESE pela categoria e solicitou: "Leiam o meu site, entrem na internet, leiam os jornais, vão na Assembleia Legislativa e acompanhem o meu trabalho. O problema é que muitas pessoas não sabem o que nós estamos fazendo e saem por aí dizendo que a gente não faz nada", desabafou. Ainda em resposta a críticas Samuel disse também que a cadeira conquistada na Assembleia Legislativa não é dele, mas da categoria.
Em frente ao QGC da PM, deputado cobrou atitude do Comandante Geral
Durante a caminhada o capitão Samuel pediu aos militares que fizessem duas paradas, uma em frente ao Quartel do Comando Geral da PMSE e outra em frente à Procuradoria Geral do Estado (PGE). Nas duas oportunidades o parlamentar cobrou a atuação do Comandante da PM e da PGE em defesa da categoria e não contra os trabalhadores. Em frente ao QCG Samuel cobrou mais atitude do Comandante Geral, coronel Aelson Resende, e empenho junto ao governador Marcelo Déda para que as leis cobradas pelos militares sejam encaminhadas para a ALESE. Numa menção aos rumores sobre a possível queda do atual Comandante, Samuel falou: "Comandante, o senhor está como fruta madura no pé, só esperando bater um vento para cair. Já que vai sair, saia com honra", disse o deputado pedindo que o Comandante ficasse ao lado de sua tropa e não do governo.
Assembleia Geral
A caminhada dos militares saiu da Praça da Bandeira e seguiu pelas ruas Boquim, Itabaiana, Itabaianinha, Geru e pelo calçadão da rua João Pessoa, terminando na Praça Fausto Cardoso em frente à Assembleia Legislativa, onde os militares se uniram aos professores da rede estadual, acampados em vigília em defesa da carreira do magistério público.
Ao final ficou decidida a realização de uma nova assembleia geral da categoria, que deverá acontecer no dia 14 de janeiro em horário e local ainda indefinidos. Nessa assembleia, que acontecerá às vésperas do Pré-Caju, os militares deverão decidir novos rumos da mobilização.
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