quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Militares reforçam posição sobre demandas

Associações Unidas se reuniram nesta terça com deputados

As Associações Unidas dos Policiais Militares de Sergipe se reuniram na manhã desta terça-feira, 17, na sede da Associação dos Municípios da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba, em Aracaju. Durante o evento, que contou com a presença do deputado federal André Moura e do deputado estadual capitão Samuel, a posição dos militares a respeito da demanda das categorias – como a aprovação da Lei de Organização Básica – foi reforçada.

No último domingo, 15, foi retomado o movimento ‘Tolerância Zero’, que ganhou destaque em 2009. Os militares cumpriram promessa feita no sábado, 14, e pararam as viaturas policias em situação irregular.

“Os policiais militares estão executando um trabalho ostensivo a pé em 90% dos municípios sergipanos, já que as viaturas policiais encontram-se sem licenciamento, placas e equipamentos obrigatórios, sem contar que estão em péssimas condições de uso”, afirmou nesta terça o presidente das Associações Unidas, o major Adriano Reis. De acordo com ele, o movimento ‘Tolerância Zero’ é “contínuo” – motivo pelo qual não visaria apenas o Pré-Caju.

Tratamento

Segundo o vice-presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), Edgard Menezes, não se pretende marcar uma posição contra a festa. “Ninguém é contra o Pré-Caju, mas é difícil você ser forçado a trabalhar no momento de sua folga sob coação e, principalmente, sem a remuneração devida”, expôs. “Queremos o tratamento que é dado aos cavalos da polícia. Eles tem carga horária de seis horas e alimentação balanceada”, disse Menezes, fazendo referência a dois pleitos da categoria: a definição da jornada de trabalho em 36 horas semanais e a substituição das quentinhas pelos tíquetes de alimentação.

“Apoio integralmente esse movimento dos militares, que não é grevista ou paradista, mas pela legalidade. Todas as companhias estão trabalhando normalmente, esperando que as viaturas cheguem em condições para irem para as ruas. Todos nós estamos preocupados com a Segurança Pública do povo sergipano. Agora o Pré-Caju é um evento extra e aí quem vai responder é o Comando da PM”, proferiu o capitão Samuel. Ele sugeriu algumas soluções para o impasse. “Estamos buscando otimizar os meios. O governo pode colocar os bombeiros, a PM, a Polícia Civil e a Guarda Municipal dentro do evento e, nos portões da festa, por exemplo, colocar a segurança privada, como já acontece nos eventos da ASBT e pode também usar os policiais militares que estão desviados de função, prestando serviços em órgãos públicos”, disse.

Para André Moura, o canal de negociação deve seguir aberto, mas o governo do Estado tem que cumprir os acordos firmados com os militares. “Sou testemunha da luta dos Policiais Militares de Sergipe. Essa categoria jamais deixou de prestar o serviço à sociedade, jamais deixou a sociedade insegura. Lembro da polêmica, ano passado, ainda durante o Forró Caju. Depois veio a história do desfile de 7 de setembro. Esses homens foram às ruas. Agora o governo não avançou nas negociações e não dá para seguir um caminho de mão única. Tem que ser via dupla”, argumentou.

De acordo com o sargento Menezes, os militares se organizam por algo concreto. “Os deputados ofereceram apoio na intervenção junto ao governo, mas precisamos de uma coisa palpável. A tropa confia em nós até um certo limite. Nas redes sociais, pelos blogs, eles estão se posicionando. Eles querem algo além da palavra”, informou.

Na próxima quarta, 18, os militares devem se reunir com a imprensa às 7h30 no Clube dos Oficiais. Na pauta, a categoria promete expor os motivos do movimento.

Com informações da assessoria parlamentar do deputado André Moura

Fonte: Infonet

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