A divulgação feita pelo governo do estado sobre o valor investido na Segurança Publica, está sendo contestado por muitos policiais militares. Segundo ele, “esse investimento anunciado pelo governo não trouxe benefícios para a população”, contesta o militar.
A queda de braço que está sendo travada entre o governo do estado e as Associações Unidas da Policia Militar, parece não ter fim. Sem acordo com o governo, as associações unidas realizaram uma assembléia no ultimo dia 14 e lá, foi decidido que os PMs em folga, não iriam mais trabalhar em festas e eventos no estado. A decisão toma na assembléia foi cumprida à risca pelos militares, já que durante o Pré-Caju a falta foi superior a 500 homens.
Isso acabou irritando não só o comandante geral como o próprio governador que chegou a dizer que “Esse foi um movimento sem pauta. Não havia nada que levasse a essa ação das associações, disse o governador, acrescentando que quando vê algumas pessoas estimulando esse ato dos policiais fica indignado, porque se praticou “um atentado à sociedade”.
Em outra assembléia realizada nesta quinta, os PMs voltaram a deliberar sobre a continuação do movimento Tolerância Zero II.
Durante a assembléia, a redação do FAXAJU, procurou ouvir alguns militares. Uma das principais criticas feitas pelos PMs, é sobre o anuncio de investimento na Segurança Publica. “Como dizer que nossa policia é uma das mais bem equipadas, se a arma usada pelo policial militar é um revolver 38, que foi doado pelo governo do Paraná. Lá os revolveres já estão ultrapassados. La se usa pistola, enquanto aqui nós usamos um 38 velho e com balas vencidas”, reclamou o militar.
Ainda sobre os investimentos, um outro militar indagou: “Nós trabalhamos com balas vencidas, colete vencido, vários veículos sem rádio, a exemplo das viaturas do visibilidade. Enquanto nós temos que defender nossas vidas e a sociedade com um 38, o marginal usa pistola e sub-metralhadora, alem de termos de andar em um veiculo mil, enquanto os bandidos andam em carros potentes. É esse o investimento?”, questionou o PM em tom de desabafo.
Uma outra reclamação feita pelos PMs, é quanto aos prédios onde funcionam os departamentos da corporação. Segundo eles, a mais de dez anos que o governo não constrói nenhum prédio para corporação. “Não vamos longe. Veja a novela do hidroviário. Quanto tempo faz?, e nem vão terminar” afirmou o policial.
Sobre o trabalho extra nas horas de folga, a decisão foi unânime durante a assembléia. “A policia militar é composta por homens e mulheres, que tem famílias e que são seres humanos. Não é possível sacrificar o ser humano, levando ele à exaustão, a ponto do militares ficarem depressivos. Não, isso não é possível e não vamos aceitar. Tolerância Zero II continua mais forte do que nunca”, avisou.
*Os PMs que foram ouvidos, foram devidamente identificados, porem a pedido dos mesmos, os nomes não foram divulgados na reportagem.
Fonte: Faxaju
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