O programa Fala Sergipe, comandado pelo radialista Douglas Magalhães
(na Atalaia AM 770), recebeu, na manhã dessa terça-feira, 15, o
presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe
(Adepol/SE), Kássio Viana. Frequentemente, ele tem discutido na imprensa
sergipana as mazelas da segurança pública no Estado e cobrado ao
governo soluções para o setor.
“Creio que os grandes problemas enfrentados por nossa sociedade estão centrados nessa área. Infelizmente, nos últimos tempos, não temos dado notícias muito positivas sobre o assunto, mas o papel da Adepol, além de defender os interesses dos delegados, é de alertar os administradores sobre as dificuldades que impedem a Polícia Civil de fazer o seu trabalho de polícia judiciária, além de propor soluções para que as coisas tomem um rumo melhor”, destaca o delegado.
Kássio Viana também ressalta que nos últimos dez anos o Brasil tem atravessado as crises mundiais de forma positiva. No entanto, na sua avaliação, alguns problemas persistem, a exemplo da criminalidade, que em Sergipe tem crescido assustadoramente. “Sempre utilizamos o discurso de que as péssimas condições sociais são determinantes para o incremento da violência. Seguindo essa linha de pensamento, imagino que se as questões sociais têm melhorado, deveríamos esperar uma diminuição considerável nos índices de crimes, não é mesmo?”, questiona.
Outros estados
Para reforçar seus argumentos, Viana traça um paralelo entre os estados de Minas Gerais (pioneiro nos programas de segurança pública), Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo – nos quais a violência tem diminuído – e Sergipe – onde ocorre o contrário. Segundo ele, nos últimos cinco anos, Sergipe contabilizou um aumento de 48% nos índices de homicídios.
O presidente da Adepol acrescenta que mais do que ver os crimes sendo elucidados, a população clama pela diminuição do número de casos. “As políticas de segurança pública têm que seguir a trilha da redução da violência. Em outros estados, ela tem decrescido porque há um planejamento no setor, com metas a serem alcançadas e cobranças por parte do governo. Em Sergipe, não há planejamento algum. E se há, não temos conhecimento”, desabafa o delegado.
Questionado sobre a onda de drogas que tem invadido Sergipe, Viana salienta que não apenas a Polícia Civil como também a Federal têm atuado com firmeza no combate ao narcotráfico. “Diferente de outras drogas ilícitas, o crack tira a capacidade de determinação e de decisão. O viciado age impulsionado pela vontade de usar a droga. E mesmo que ele tenha sido criado em um ambiente familiar estruturado, nada o impedirá de manter o seu vício. Não gosto de ficar relacionando toda violência ao uso do crack. Acredito que ele está bem mais relacionado aos furtos e arrombamentos, mas não aos assaltos a mão armada, por exemplo”, diz.
"Não vamos calar jamais"
Viana foi questionado também sobre a existência de um e-mail, enviado pelo delegado Alessandro Vieira a todos os policiais civis, acusando a Adepol de intensificar as críticas à SSP. "Recebemos, sim, um e-mail no qual o delegado Alessandro Vieira (que é assessor da SSP) dizia que os descontentamentos dos delegados contra a administração da PC se deu após o rompimento entre agrupamentos políticos em Sergipe, insinuando que estaríamos a serviço desse ou daquele grupo que faz oposição ao Governo do Estado. É normal querer politizar uma situação, quando não se tem argumentos para discutir o assunto. Não temos prazer algum em estar brigando com colegas, mas tem sido necessário”, enfatiza o presidente da Adepol.
Por fim, Kássio Viana destacou que a postura da Associação nos últimos meses tem sido reflexo do que pensa toda a categoria. “Repito: defendemos os interesses dos delegados e da sociedade. No último ano, por exemplo, a Superintendência da PC transferiu 100 colegas nossos. Somos um total de 142, ou seja, 75% dos delegados migraram de uma delegacia pra outra em apenas um ano. Nenhum outro setor público transferiu tanta gente assim. Não vamos calar jamais diante de casos assim e de outros pelos quais estamos lutando, a exemplo da Lei Orgânica da PC”, completa.
“Creio que os grandes problemas enfrentados por nossa sociedade estão centrados nessa área. Infelizmente, nos últimos tempos, não temos dado notícias muito positivas sobre o assunto, mas o papel da Adepol, além de defender os interesses dos delegados, é de alertar os administradores sobre as dificuldades que impedem a Polícia Civil de fazer o seu trabalho de polícia judiciária, além de propor soluções para que as coisas tomem um rumo melhor”, destaca o delegado.
Kássio Viana também ressalta que nos últimos dez anos o Brasil tem atravessado as crises mundiais de forma positiva. No entanto, na sua avaliação, alguns problemas persistem, a exemplo da criminalidade, que em Sergipe tem crescido assustadoramente. “Sempre utilizamos o discurso de que as péssimas condições sociais são determinantes para o incremento da violência. Seguindo essa linha de pensamento, imagino que se as questões sociais têm melhorado, deveríamos esperar uma diminuição considerável nos índices de crimes, não é mesmo?”, questiona.
Outros estados
Para reforçar seus argumentos, Viana traça um paralelo entre os estados de Minas Gerais (pioneiro nos programas de segurança pública), Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo – nos quais a violência tem diminuído – e Sergipe – onde ocorre o contrário. Segundo ele, nos últimos cinco anos, Sergipe contabilizou um aumento de 48% nos índices de homicídios.
O presidente da Adepol acrescenta que mais do que ver os crimes sendo elucidados, a população clama pela diminuição do número de casos. “As políticas de segurança pública têm que seguir a trilha da redução da violência. Em outros estados, ela tem decrescido porque há um planejamento no setor, com metas a serem alcançadas e cobranças por parte do governo. Em Sergipe, não há planejamento algum. E se há, não temos conhecimento”, desabafa o delegado.
Questionado sobre a onda de drogas que tem invadido Sergipe, Viana salienta que não apenas a Polícia Civil como também a Federal têm atuado com firmeza no combate ao narcotráfico. “Diferente de outras drogas ilícitas, o crack tira a capacidade de determinação e de decisão. O viciado age impulsionado pela vontade de usar a droga. E mesmo que ele tenha sido criado em um ambiente familiar estruturado, nada o impedirá de manter o seu vício. Não gosto de ficar relacionando toda violência ao uso do crack. Acredito que ele está bem mais relacionado aos furtos e arrombamentos, mas não aos assaltos a mão armada, por exemplo”, diz.
"Não vamos calar jamais"
Viana foi questionado também sobre a existência de um e-mail, enviado pelo delegado Alessandro Vieira a todos os policiais civis, acusando a Adepol de intensificar as críticas à SSP. "Recebemos, sim, um e-mail no qual o delegado Alessandro Vieira (que é assessor da SSP) dizia que os descontentamentos dos delegados contra a administração da PC se deu após o rompimento entre agrupamentos políticos em Sergipe, insinuando que estaríamos a serviço desse ou daquele grupo que faz oposição ao Governo do Estado. É normal querer politizar uma situação, quando não se tem argumentos para discutir o assunto. Não temos prazer algum em estar brigando com colegas, mas tem sido necessário”, enfatiza o presidente da Adepol.
Por fim, Kássio Viana destacou que a postura da Associação nos últimos meses tem sido reflexo do que pensa toda a categoria. “Repito: defendemos os interesses dos delegados e da sociedade. No último ano, por exemplo, a Superintendência da PC transferiu 100 colegas nossos. Somos um total de 142, ou seja, 75% dos delegados migraram de uma delegacia pra outra em apenas um ano. Nenhum outro setor público transferiu tanta gente assim. Não vamos calar jamais diante de casos assim e de outros pelos quais estamos lutando, a exemplo da Lei Orgânica da PC”, completa.
Fonte: Associação de Delegados de Polícia de Sergipe
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