Manifestação acontecerá na sexta: protesto contra a violência
Comunidade se reúne para traçar metas contra a violência (Foto: Blog CNNPV) |
Em Poço Verde, a 145 km da capital, os estudantes estão mobilizando a
comunidade para a Caminhada pela Paz, manifestação contra a violência a
ser realizada na próxima sexta-feira, dia 24, na própria cidade.
Moradores e profissionais de vários segmentos da sociedade já aderiram à
manifestação que passará por várias ruas da cidade, alcançando a Praça
do Triângulo e o Centro de Comercialização de Agricultura Familiar.
Os organizadores da manifestação já começaram a colher assinaturas para
um abaixo-assinado para solicitar ao governador Marcelo Déda e ao
Comando Geral da Polícia Militar para aumentar o efetivo policial no
município e adotar medidas que possam minimizar os problemas que a
população tem enfrentado em função do aumento da violência.
De acordo com informações da estudante Êmile Matos, 20, a população
está inconformada com a onda de violência e os estudantes decidiram
deflagrar um movimento para cobrar atuação da polícia a partir do
assassinato do estudante Horácio Barreto de Souza, 26, crime ocorrido na
quinta-feira, 16.
O crime chocou a comunidade. O estudante foi morto na porta da escola
onde estudava. Dois homens ocupantes de uma motocicleta se aproximaram
da vítima e dispararam vários tiros. O estudante foi socorrido com vida e
morreu no hospital local no mesmo dia. Na semana passada, ocorreu
também, segundo Êmile Mota, um sequestro. O dono da casa em um povoado
da cidade teria sido levado por assaltantes e largado em uma estrada
porque o carro usado pelos marginais teria faltado gasolina. “E casos
assim têm acontecido com muita frequência, não importa a hora: se de
manhã, de tarde, meio dia ou de noite”, comenta.
Na sexta-feira, 17, os moradores se reuniram na sede da escola para
avaliar a onde de violência quando optaram por criar um “movimento
formal de luta contra a violência”.
A mobilização já ganhou simpatia de vários segmentos, segundo a
estudante Êmile Matos, inclusive de comerciantes e da Igreja Católica.
Os organizadores pretendem agendar uma audiência com o governador
Marcelo Déda e com o comandante geral da Polícia Militar para discutir
os problemas ocasionados pela violência no município. Na oportunidade,
eles pretendem entregar o abaixo-assinado.
Por Cássia Santana
Fonte: Portal Infonet
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