quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Não basta abrir um letreiro escrito PAC", escreve Sargento

Sargento Edgard. Arquivo Aspra

Há alguns anos tenho dito, que a segurança pública de Sergipe, começa por uma boa reestruturação do Policiamento Comunitário. Não quero com isso, dizer que todos os problemas na área de segurança pública estariam resolvidos, mas seria um grande avanço. A população mora em bairros, e é lá que a polícia deve se fazer presente, o policial comunitário passa a conhecer a população daquele logradouro e vice-versa.

Não é somente abrir um letreiro escrito PAC ( Posto de Atendimento ao Cidadão ), em uma casa alugada e dizer a população que reestruturou a Polícia Comunitária. É necessário o remanejamento do efetivo policial, precisa ter uma estrutura para a instalação dos policiais, tem que ter viatura, garantir três PMs na viatura fazendo patrulhamento no bairro, e dois recepcionando o cidadão que chega para solicitar ajuda, ao mesmo tempo que realizam o policiamento próximo a área do PAC.

Me perguntam se é possível manter postos comunitários abertos, pois sabemos que o efetivo é diminuto. É possível, temos o BESP (Batalhão Especial de Segurança Patrimonial), o PAC é um patrimônio do povo, a PM deve utiliza-los para manter os postos abertos e no atendimento do cidadão, enquanto os demais fazem rondas.

Seria um ganho significativo em segurança pública, os bairros ocupados por policiais militares, enquanto que outros Batalhões ou Cias, como a Rádio Patrulha, GETAM, CHOQUE, Cavalaria, ficam livres para fazer o recobrimento das áreas de ligação entre os bairros, ou chegam em apoio a uma possível ocorrência de maior gravidade.

É uma ideia que pode ser melhorada, mas tenho certeza que é um norte para melhorar a segurança pública de Sergipe. Sempre coloquei essa ideia para meus superiores, infelizmente nunca fui ouvido.

Sargento Edgard Menezes (cidadão brasileiro)

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