sábado, 24 de setembro de 2016

Governo está brincando com a segurança da população”, adverte capitão Samuel

Foto Capitão Samuel. Arquivo Aspra

Em entrevista ao Portal iSergipe, o deputado estadual Samuel Barreto (PSL) destacou a negociação do governo do estado com os policiais militares, que reivindicam subsídio e progressão na carreira. O deputado Capitão Samuel, como é mais conhecido, afirmou que o estado está respeitando o militar quando abre o diálogo com a categoria. Samuel Barreto lamentou que o militar ainda não tenha subsídio e progressão na carreira, e que ainda tenha que lutar por melhorias para a categoria.

“O militar não tem progressão na carreira. A progressão na carreira funciona assim: o homem entra como soldado e é garantido progredir na carreira, assim como outros servidores têm. Não tivemos subsídio, e olhe que a tabela de subsídio feita foi utilizando a mesma técnica normativa que o governo utilizou pra construir a dos outros servidores”, explica.

Indagado sobre quanto tempo os policiais lutam por seus direitos, o capitão afirmou que há mais de dois anos são feitas discussões por melhorias. “Há dois anos vem se debatendo, conversando e de quatro meses pra cá acelerou essa discussão, chegando a uma tabela de consenso. Nós aceitamos perder direitos para que o governo tenha condições de pagar. O governo surgiu com uma proposta que retirava todos os nossos direitos, sem reserva remunerada. O estado entrou na história, mandou que fizesse uma reunião”, observa, acrescentando que os coronéis se revoltaram quando o projeto preparado pelo governo retirava direitos da classe militar.

“A partir do momento que a proposta retirava todos os direitos, os coronéis que são quem comanda a corporação, todos eles decidiram que não aceitariam aquela situação que o governo impôs, retornando a discussão da tabela apresentada no início de maio. O governo percebeu a reação e chamou os coronéis para discutir algumas situações do projeto. Ficou definido que os coronéis com os oficiais superiores da Polícia Militar não aceitaram mais o tratamento que o governo quer dar”, relata.

Em desabafo, Samuel alerta para o caos da cidade, caso os policiais precisem entrar em “greve”. Para ele, a instituição é a única que está presente em tudo e que compromete o funcionamento do   serviços públicos e particulares. “O governo colocou os policiais e bombeiros no canto de um quarto. Eu espero que a polícia não pare, por que se por acaso ela pare, vai parar tudo. É a única instituição que está em todos os lugares. Qual é a nossa importância? E por que na hora de valorizar trata todos os servidores que fazem greve com o devido respeito, mas o militar não. Como trabalhar dessa forma?”, questiona.

O deputado afirmou ter conversado pessoalmente com o governador Jackson Barreto, e que o governador teria determinado a realização de reuniões, quantas forem necessárias, para que o “conflito” seja resolvido. “Na noite de ontem eu e o deputado Luciano Bispo fomos até a casa do governador. Segundo o governador, os técnicos estão discutindo, mas ele tinha determinado quantas reuniões forem necessárias para fazer. Mas nas reuniões só vão os técnicos e o comandante geral, e por mais que o comandante lute por nós ele jamais vai bater na mesa de Gama, Benedito e Jeferson, que são os patrões dele. É patrão e patrão discutindo a situação dos trabalhadores”, salienta.

O deputado lembra que o último reajuste da classe foi em 2009, e que de lá pra cá esqueceram a importância do policial nas ruas da cidade. “Tivermos um reajuste em 2009 e de lá pra cá eles esqueceram a Polícia Militar e o Brasil inteiro percebeu que tinha que valorizar a segurança pública. Aquela história que ganha bem e que é o melhor do Brasil passou, isso acabou. O governo está brincando com a segurança da população. Sergipe não aguenta um dia com policiais parados. Eu fico imaginando que nós não podemos fazer greve, mas podemos ir pra o quartel e ficar todo mundo lá só saindo quando for chamado. Só isso causa um caos e mesmo com essas discussões a PM está cumprindo todas as escalas e todas as determinações do Comando Geral, mas isso já vem há dois anos sendo discutido, e de quatro meses pra cá piorou, mas o governo não respeita”, conclui.

Fonte: Facebook Capitão Samuel

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