sábado, 12 de novembro de 2016

"O problema é que falta policiamento nas ruas" diz presidente da Adepol

Os dados da violência são verdadeiros e não adiante esconder, diz delegado

O delegado Paulo Márcio, presidente da Associação dos Delegados de Policia de Sergipe (Adepol), confirmou na manhã desta quinta-feira (10), as informações passadas pelo Anuário de Segurança Pública, que aponta o estado de Sergipe como o mais violento do país, ultrapassando Alagoas.

Paulo Márcio disse que proporcionalmente falando, o estado de Sergipe tem mais homicídios que São Paulo. “Sergipe mata cinco vezes mais que o estado de São Paulo, proporcionalmente falando. Em 2015, foram 1.196 homicídios. Em São Paulo por exemplo, o índice de homicídio é de 11%, enquanto em Sergipe é de 53%, para 100 mil habitantes”, explicou o delegado. Esse número divulgado de 1.196 homicídios, são apenas crimes comuns, em que o desejo é matar. Os casos de latrocínio, não entra na estatística.

O delegado diz que os dados sobre violência em Sergipe são verdadeiros não adianta esconder. O delegado contou durante a entrevista ao programa Jornal da Ilha que recentemente três delegados de policia foram assaltados e um morto, durante o momento de lazer. “O problema é que falta policiamento nas ruas. Nós tivemos três delegados que foram assaltados durante o seu momento de lazer, além de nosso colega que foi assassinado. os dados sobre violência em Sergipe são verdadeiros não adianta esconder “, afirmou.

Na opinião do delegado, está faltando um programa de segurança pública por parte do governo do estado. Márcio disse que “o governo do estado tem que dar um comando para o secretário de segurança pública e para o comandante da policia militar”, defendeu.

Durante a entrevista do presidente da Adepol, o advogado criminalista Emanuel Caccho também deu sua sugestão sobre o que deve ser feito para diminuir o índice de criminalidade no estado. “O problema é que não tem realmente policiamento nas ruas. A policia desvenda com rapidez o crime, mas ai é tarde, porque já aconteceu. O que nós precisamos é da prevenção, para evitar que o crime aconteça. E isto não está sendo feito em Sergipe”, afirmou o advogado.

Munir Darrage

Fonte: Faxaju

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