A ferramenta permite o armazenamento e pesquisa de impressões digitais de desaparecidos em uma base de dados de biometria nacional
Foi realizada na manhã desta quinta-feira, 2, na Sala de Imprensa “Radialista Júlio César”, uma entrevista coletiva com intuito de informar sobre a instituição via portaria do Cadastro Biométrico de Pessoas Desaparecidas (CADÊ), ferramenta criada pelo Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal que permite o armazenamento e pesquisa de impressões digitais de desaparecidos em sua base de dados de biometria nacional.
Presente à coletiva, o secretário da Segurança Pública do Estado de Sergipe, João Batista Santos Júnior, falou sobre a importância dessa nova ferramenta que aponta para uma integração de todos os órgãos oficiais de identificação, para dar agilidade na procura por cidadãos declarados oficialmente desaparecidos.
“A Secretaria de Segurança Pública vem trabalhando visando aprimorar o trabalho policial para conseguir localizar o mais rápido possível a pessoa desaparecida. Com o advento dos recursos humanos ligados à papiloscopia conseguimos agora efetivar o convênio com a Polícia Federal onde é feito um banco de dados da papiloscopia nas digitais registradas no Brasil inteiro, ficando mais rápido e preciso a comparação com bancos de dados em todo o país. É na verdade uma grande rede de informação que Sergipe está entrando agora devido a um investimento que o governo do Estado fez para a Coordenadoria Geral de Pericia, para o Instituto de Criminalística e para a papiloscopia do estado” frisou o secretário.
No caso de um desaparecimento, a família deve registrar um Boletim de Ocorrência em uma Delegacia de Polícia Civil. O Boletim com situações dessa natureza será obrigatoriamente encaminhado por e-mail ao Instituto de Identificação, que lançará no sistema dados que permitirá facilitar a localização da pessoa em qualquer parte do Brasil.
De acordo com o papiloscopista, Jenilson Gomes, Sergipe vem investindo nos serviços que se referem à identificação através da digital. Só no estado, atualmente trinta profissionais trabalham de forma efetiva para melhor atender e agilizar as demandas policiais. “Temos hoje uma equipe de papiloscopistas suficiente para atender a demanda, nós papiloscopistas não discriminamos períodos de perecimentos, independente se a pessoa desapareceu agora ou há quarenta anos. Se o cidadão está cadastrado no Instituto de Identificação vamos procurar esse prontuário incessantemente, é de interesse da Secretaria de Segurança Pública diminuir a angústia que sabemos que se passa nesse período” esclareceu Jenilson.
Nesses casos, os boletins deverão conter preferencialmente os seguintes dados biográficos: nome completo, filiação, RG com data e local de expedição, CPF, data de nascimento dos desaparecidos e dados como altura, peso, cor dos olhos, dos cabelos e da pele, sinais característicos e outros, além de fotos, circunstâncias do desaparecimento e endereço de pessoas para contato.
Áreas de atuação dos papiloscopistas
Os profissionais atuam em quatro segmentos: na identificação civil, participando do processo na confecção de carteiras de identidade; na identificação criminal, identificando criminosos; na identificação de cadáveres, chamada necropapiloscopia, nos quais os cadáveres são identificados pelas impressões papilares; e a perícia papiloscópica em local de crime, onde o profissional levanta e recolhe fragmentos deixados na cena e compara com o de eventuais suspeitos, no banco de dados presente no instituto de identificação.
No Instituto de Identificação, se há um suspeito apontado pela autoridade policial, é feito o confronto com a base de dados do sistema sergipano. Caso, a investigação seja iniciada do zero, o fragmento de impressão digital é lançado em um sistema da Polícia Federal, ambiente em que são apontados fragmentos semelhantes aos encontrados na cena do crime.
SSP
Fonte: Faxaju
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