O clima de irritação é dominante entre bombeiros e policiais ligados às Associações Militares Unidas, que convocaram para amanhã, às 14h, no ginásio do Cotinguiba Esporte Clube, bairro 13 de Julho (zona sul de Aracaju), uma assembléia geral da categoria. A hipótese de aquartelamento das tropas, equivalente a um movimento de greve, passou a ser comentada abertamente entre a base e até entre os gestores das associações, embora eles neguem apoiar esta proposta.
A situação foi criada depois do encontro ocorrido anteontem entre o secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Magno Silvestre, e os lideres das entidades que representam oficiais e praças da PM e do Corpo de Bombeiros. Após duas horas de discussões, o secretário afirmou que as propostas de reajuste dos salários-base da categoria e de adequação de sua carga horária de 72 para 44 horas semanais ainda estão sob estudos das secretarias da Fazenda e da Administração, não havendo previsão para que uma resposta seja dada.
Ontem, os líderes das Associações Unidas consideraram que as negociações foram frustrantes, voltaram à estaca zero e demonstraram que o governo estadual permanece desvalorizando a classe policial. "Esperávamos que o secretário apresentasse uma proposta concreta de reajuste, mas isso não aconteceu. Ele afirmou que não tem nenhum poder de decisão sobre o assunto", reclamou o sargento Jorge Vieira, afirmando que a falta de um prazo para o anúncio de uma resposta do governo torna grande a possibilidade de aquartelamento das tropas.
A idéia também foi comentada pelo capitão Samuel Alves Barreto, que fez uma ressalva quanto aos prejuízos a serem causados à sociedade com o aquartelamento e a falta de policiamento nas ruas. "Isso vai fazer com que a sociedade vai ser penalizada", afirmou, acrescentando que a decisão a ser tomada na assembléia de amanhã será soberana. Ele também defende um reajuste salarial que seja equivalente ao concedido no ano passado pelo governo aos agentes e escrivães da Polícia Civil, além da exigência de nível superior como requisito para ingresso nas carreiras militares estaduais.
Pela proposta das Associações Militares Unidas, o salário-base de um soldado em início de carreira passaria de R$ 450 para R$ 2.700, enquanto o vencimento de um coronel passaria de R$ 4.500 para R$ 9 mil. O documento das associações também reivindica a exigência de nível superior para a carreira de policial e bombeiro militar e a definição da carga horária em 40 horas semanais, com pagamento de horas-extras.
SSP - Por outro lado, o secretário Kércio Pinto afirmou que a reunião foi produtiva e destacou que o interesse do Governo é continuar negociando com os policiais militares. Estamos conversando e analisando a medida mais viável para que as reivindicações da classe sejam atendidas, explicou Kércio.
Ele ressaltou que as propostas dos PM´s precisam ser analisadas, para que nenhuma decisão seja tomada sem um prévio estudo. A proposta do nível superior, por exemplo, deve ser estudada e nós defendemos que para o ingresso de oficiais seja exigido o nível superior, mas não para todos os níveis, ilustrou o secretário.
Quanto ao reajuste salarial, Kércio argumentou que antes da definição dos valores será necessário fazer um estudo de impacto na folha da SSP, junto ao Governo do Estado. Precisamos avaliar a proposta com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda, para que um valor seja estabelecido, esclareceu ele.
Fonte: Jornal do Dia
A situação foi criada depois do encontro ocorrido anteontem entre o secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Magno Silvestre, e os lideres das entidades que representam oficiais e praças da PM e do Corpo de Bombeiros. Após duas horas de discussões, o secretário afirmou que as propostas de reajuste dos salários-base da categoria e de adequação de sua carga horária de 72 para 44 horas semanais ainda estão sob estudos das secretarias da Fazenda e da Administração, não havendo previsão para que uma resposta seja dada.
Ontem, os líderes das Associações Unidas consideraram que as negociações foram frustrantes, voltaram à estaca zero e demonstraram que o governo estadual permanece desvalorizando a classe policial. "Esperávamos que o secretário apresentasse uma proposta concreta de reajuste, mas isso não aconteceu. Ele afirmou que não tem nenhum poder de decisão sobre o assunto", reclamou o sargento Jorge Vieira, afirmando que a falta de um prazo para o anúncio de uma resposta do governo torna grande a possibilidade de aquartelamento das tropas.
A idéia também foi comentada pelo capitão Samuel Alves Barreto, que fez uma ressalva quanto aos prejuízos a serem causados à sociedade com o aquartelamento e a falta de policiamento nas ruas. "Isso vai fazer com que a sociedade vai ser penalizada", afirmou, acrescentando que a decisão a ser tomada na assembléia de amanhã será soberana. Ele também defende um reajuste salarial que seja equivalente ao concedido no ano passado pelo governo aos agentes e escrivães da Polícia Civil, além da exigência de nível superior como requisito para ingresso nas carreiras militares estaduais.
Pela proposta das Associações Militares Unidas, o salário-base de um soldado em início de carreira passaria de R$ 450 para R$ 2.700, enquanto o vencimento de um coronel passaria de R$ 4.500 para R$ 9 mil. O documento das associações também reivindica a exigência de nível superior para a carreira de policial e bombeiro militar e a definição da carga horária em 40 horas semanais, com pagamento de horas-extras.
SSP - Por outro lado, o secretário Kércio Pinto afirmou que a reunião foi produtiva e destacou que o interesse do Governo é continuar negociando com os policiais militares. Estamos conversando e analisando a medida mais viável para que as reivindicações da classe sejam atendidas, explicou Kércio.
Ele ressaltou que as propostas dos PM´s precisam ser analisadas, para que nenhuma decisão seja tomada sem um prévio estudo. A proposta do nível superior, por exemplo, deve ser estudada e nós defendemos que para o ingresso de oficiais seja exigido o nível superior, mas não para todos os níveis, ilustrou o secretário.
Quanto ao reajuste salarial, Kércio argumentou que antes da definição dos valores será necessário fazer um estudo de impacto na folha da SSP, junto ao Governo do Estado. Precisamos avaliar a proposta com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda, para que um valor seja estabelecido, esclareceu ele.
Fonte: Jornal do Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário