terça-feira, 24 de março de 2009

Salário dos militares: Negociação não avança

Na quarta reunião entre o Secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, e os representantes das Associações Unidas para discussão das reivindicações dos policiais e bombeiros militares, o tema salário foi o único tópico abordado, porém a negociação não teve avanços.

Os militares chegaram à reunião dispostos a manter a proposta apresentada pela categoria. Eles disseram que não negociariam outra tabela até que o governo se posicionasse e apresentasse uma contra-proposta. O secretário se mostrou surpreso com o posicionamento dos líderes da classe, que justificaram a decisão.

Segundo os membros da comissão, desde o dia 03 de fevereiro, quando houve a primeira reunião e foi entregue a proposta dos militares ao secretário, a categoria espera um posicionamento do governo do Estado, apresentando uma contra-proposta que pudesse ser discutida com a classe. De lá até hoje não foi feito sequer o cálculo de impacto na folha de pagamento, para que o governo pudesse dizer o que poderia ou não ser atendido.

Para o presidente da Asprase, sargento Araújo, o tempo que houve já foi suficiente para que o governador Marcelo Déda tomasse conhecimento das propostas e adotasse providências para apresentar a sugestão do governo. Para ele não há como negociar salário sem que hajam parâmetros. "O governo já sabe o que nós queremos. Precisamos saber também o que o governo quer para termos pontos de referência. A partir daí podemos conversar. O secretário disse que nossa proposta é inviável para o governo mas não apresentou dados que comprovem isso. Dessa forma fica difícil negociar", declarou.

Kércio Pinto foi pressionado pelos militares para que apresentasse uma proposta do governo se possível antes da assembléia do dia 26 de março, quinta-feira, mas disse que não tinha autonomia para apresentar propostas uma vez que quem as define é o governador. O cabo Bezerra então lembrou que o próprio governador disse à imprensa que os responsáveis pela negociação com a PM e os Bombeiros seriam o Secretário Kércio Pinto e os dois Comandantes Gerais, mas Kércio insistiu que negocia, mas não decide.

O sargento Araújo então sugeriu que o governador Marcelo Déda fizesse com os militares o mesmo que fez com os professores, abrindo negociação direta com a classe uma vez que só ele decide o acatamento ou não das reivindicações, mas não houve resposta concreta. O secretário insistiu em que se mantivesse aberto o diálogo e os representantes afirmaram ter essa intenção, deixando claro porém a insatisfação e a cobrança da tropa, e que aguardariam uma contra-proposta do governo, porém sem cruzar os braços.

Ficou clara a intenção dos militares de partirem para ações mais enérgicas visando a mobilização da classe e da opinião pública, com o objetivo de mostrar a todos a importância das duas categorias (PMs e bombeiros) e a situação em que se encontram. Ao final da reunião, dezenas de militares aguardavam em frente à sede da Associação Beneficente, local da reunião, a fim de obter informações sobre o encontro.

As associações afirmam que novas ações deverão ser adotadas pela categoria, mas que essas ações serão discutidas e decididas na assembléia geral marcada para o dia 26/03, às 14:00h, no Cotinguiba Esporte Clube, onde a classe será informada sobre as deliberações das últimas reuniões.

Clique aqui e leia também matéria publicada no site Infonet.

Um comentário:

  1. Araújo, vc em certo tempo tinha mencionado que fazia parte da diretoria de uma certa associação de PMs e BMs do brasil, que fim deu não se é que existe, não vejo essa(associação) se mobilizar em nada.Pois bem os policiais civís,PF e PRF,foram agraciados com aposentadoria especial, vamos nos mobilizar-mos nacionalmente, nós(PMs BMs)que fazemoso pior trabalho não conquistamos nada. QUE DEUS NOS AJUDE
    3° SGT MORAES

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