quarta-feira, 1 de abril de 2009

Militares lotam galerias da Assembléia Legislativa para cobrar instalação da Comissão de Segurança Pública



Policiais e bombeiros militares, liderados pelas Associações Unidas, lotaram as galerias da Assembléia Legislativa na tarde desta segunda-feira, 30, para cobrar dos deputados estaduais a instalação da Comissão de Segurança Pública. Vestidos com os coletes já tradicionais, eles cobriram de vermelho as galerias inferior e superior do plenário, deixando ainda vários companheiros no hall da AL e na Praça Fausto Cardoso, já que o espaço não foi suficiente para todos.

Na tribuna, deputados da oposição e da bancada governista passaram a se revezar em discursos inflamados. Ora defendendo os militares, ora trocando acusações, todos buscavam a simpatia da classe. Como de costume os deputados Venâncio Fonseca (PP) e Augusto Bezerra (DEM) fizeram críticas incisivas ao governo Déda. Em determinado momento, Augusto Bezerra fez um discurso duro contra o atual governo, e por algumas de suas colocações acabou aplaudido por militares que estavam no plenário e que desconheciam o Regimento da casa, que não permite manifestações contra ou a favor de qualquer parlamentar.


O fato provocou a indignação do líder governista, deputado Francisco Gualberto (PT), que comparou Augusto e outros deputados da oposição a feitores, dizendo que no governo João Alves eles “surravam” os servidores, motivo pelo qual não compreendia como hoje tal deputado pudesse ser aplaudido. Quanto às reivindicações dos militares, Gualberto disse que faria todo o esforço possível para que a categoria e o governo chegassem a um entendimento, mas ainda irritado, afirmou que não seria usado. “Eu não estou aqui para servir de bobo da corte”, declarou. Com relação à Comissão de Segurança Pública, que motivou a ida dos militares à Assembléia, o deputado Ulices Andrade (PDT), presidente da ALESE, afirmou que a mesma ainda não tinha sido instalada por conta do aumento de despesa que provocaria. Segundo Ulices, há um estudo em andamento que prevê a inserção da Comissão de Segurança Pública em outra já existente, possivelmente a de Direitos Humanos, contendo assim o aumento de despesas. O prazo previsto para a instalação da comissão é no próximo mês de abril.


Para os líderes do movimento ainda não há o que comemorar. Eles preferem aguardar o mês de abril para terem certeza de que a promessa será cumprida. Segundo as lideranças a criação da comissão foi aprovada em 2008 pelos deputados e até então não foi instalada porque nenhum deputado foi indicado para a compor.


As Associações Unidas irão seguir com as atividades programadas com o objetivo de que as reivindicações da classe sejam atendidas pelo governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares